Primeiro-ministro paquistanês falou com Trump sobre crise em Caxemira
O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, falou hoje com o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre Caxemira, horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a questão, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão.
© Reuters
Mundo Caxemira
Imran Khan "falou com o Presidente Trump hoje. Trocaram opiniões sobre a situação na região e em particular Caxemira", declarou Shah Mehmood Qureshi numa curta conferência de imprensa.
O chefe do governo paquistanês "expos pormenorizadamente o ponto de vista do Paquistão ao Presidente Trump" e após "uma boa discussão (...) foi decidido que ficariam em contacto constante", adiantou.
O Conselho de Segurança reúne-se hoje à porta fechada para analisar a situação em Caxemira, depois de na semana passada a Índia ter revogado o estatuto de autonomia da parte da região nos Himalaias que Nova Deli controla e que é reivindicada pelo Paquistão.
O Paquistão qualificou a decisão de "ilegal".
O órgão executivo da ONU tem como membros permanentes com direito de veto os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e o Reino Unido.
Qureshi deslocou-se na segunda-feira a Pequim para um encontro com o seu homólogo chinês, Wang Yi, e indicou que também falou com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
Imran Khan também já "apresentou a sua opinião" ao Reino Unido e espera falar com o Presidente francês, Emmanuel Mácron, adiantou.
O território de Caxemira é controlado em cerca de dois terços pela Índia (maioritariamente hindu) e em 37% pelo Paquistão (muçulmano, tal como a maioria dos habitantes de Caxemira). As duas potências nucleares do sul da Ásia já travaram duas guerras pelo seu controlo.
Desde 1948, uma resolução da ONU prevê a organização de um referendo de autodeterminação em Caxemira, que se mantêm letra morta face à oposição de Nova Deli.
Diferentes grupos separatistas combatem, há décadas, a presença de cerca de 500 mil soldados indianos na região de Jammu-Caxemira para exigir a independência do território ou a integração no Paquistão. Dezenas de milhares de pessoas, na grande maioria civis, já morreram no conflito.
Desde que a revogação do seu estatuto foi anunciada, que a Caxemira indiana vive num "colete de forças", com a proibição de concentrações e o reforço das forças de segurança indianas. Segundo a imprensa indiana, pelo menos 500 pessoas foram detidas esta semana em Jammu-Caxemira.
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