"Esta é a maior apreensão de sempre de cocaína na História da Guiné-Bissau", disse o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária guineense, Domingos Correia.
A PJ tinha anunciado na tarde de hoje a apreensão de 264 quilogramas de cocaína no âmbito da operação "Navarra", que decorreu no norte do país, em Cachungo e Caio, e que levou também à detenção de três colombianos, quatro guineenses e um maliano.
Nas declarações feitas aos jornalistas, durante a primeira apreensão, Domingos Correia afirmou que a investigação prosseguia.
Posteriormente, a PJ voltou a convocar a imprensa para anunciar uma nova apreensão, no âmbito da mesma operação.
"É uma importante apreensão. Neste momento, temos 1.605 quilogramas, o que dá um total de 1.869 quilogramas apreendidos", salientou Domingos Correia.
Para Domingos Correia, a apreensão feita hoje demonstra a "determinação da PJ para combater o crime organizado" na Guiné-Bissau.
O responsável da PJ precisou que a droga chegou ao país por mar há cerca de uma semana e estava armazenada numa residência.
"Estamos a trabalhar para desmantelar esta rede", garantiu ainda.
Em março, a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu cerca de 789 quilogramas e deteve um guineense, um senegalês e dois cidadãos do Níger, um dos quais era assessor especial do presidente do parlamento daquele país e relacionado com a Al-Qaida para o Magrebe Islâmico.
Domingos Correia explicou que a PJ suspeita que a droga apreendida hoje esteja relacionada com a mesma rede e admitiu a possibilidade de serem feitas mais detenções.
A droga apreendida está avaliada em mais de 32 milhões de euros.