"O governo congratula-se com este resultado de apreensão. Faz parte do programa de governo a luta contra a criminalidade e é com certeza uma grande satisfação verificar que a Polícia Judiciária levou a cabo as investigações e a apreensão desta quantidade de droga. Estamos a falar de quase duas toneladas. Isso é realmente um golpe para os traficantes", afirmou a ministra, durante uma visita às instalações da PJ, em Bissau.
Segundo a ministra da Justiça, o trabalho da PJ, de prevenção, repressão e combate à criminalidade, está concluído.
"Não é a Polícia Judiciária que realiza a Justiça, portanto, agora nós vamos ter as outras etapas que passam por termos por parte do Tribunal de Instrução Criminal a aplicação de medidas de coação adequadas a permitir que estas pessoas sejam sujeitas a um julgamento, sejam sujeitas a uma investigação do Ministério Público, que esperamos que seja célere, seja isenta e que seja eficaz e que rapidamente estas pessoas possam ser sujeitas a um julgamento", salientou.
Ao Governo, continuou a ministra, cabe garantir que as penas de prisão que venham a ser aplicadas sejam cumpridas.
"Reitero os meus parabéns a esta equipa que nos orgulha e dá alguma tranquilidade, na medida em que não medem esforço naquilo que é a sua tarefa, e da parte do Governo estamos a trabalhar para que as condições de trabalho sejam efetivamente desbloqueadas e disponibilizadas para uma maior eficácia da polícia criminal", sublinhou Rute Monteiro.
A PJ guineense anunciou na segunda-feira a apreensão de 1.869 quilogramas de cocaína no norte da Guiné-Bissau no âmbito da operação "Navarra".
"Esta é a maior apreensão de sempre de cocaína na história da Guiné-Bissau", disse o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária guineense, Domingos Correia.
No âmbito da operação, foram detidos três colombianos, quatro guineenses e um maliano.
Em março, a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu cerca de 789 quilogramas e deteve um guineense, um senegalês e dois cidadãos do Níger, um dos quais era assessor especial do presidente do parlamento daquele país e relacionado com a Al-Qaida para o Magrebe Islâmico.
Domingos Correia explicou que a PJ suspeita que a droga apreendida segunda-feira esteja relacionada com a mesma rede e admitiu a possibilidade de serem feitas mais detenções.