Uma caravana que transportava alimentos e passageiros entre as localidades de Kelbo e Dablo, na região centro-norte do país, foi atacada este domingo por homens não identificados, causando a morte a 14 pessoas, indicou o mesmo responsável, citado pela agência de notícia, Efe.
Na sequência deste ataque, o Governo procurará que as caravanas humanitárias que viajam nas zonas afetadas pelo terrorismo sejam acompanhadas por escolta armada, informou o gabinete de imprensa do Governo e ministério da Comunicação, num comunicado divulgado ao final da noite de domingo.
Entretanto, outras 15 pessoas morreram e seis ficaram feridas na província de Sanmantega, no norte do país, quando um camião de transporte comunitário pisou um engenho explosivo, indicou o ministro da Comunicação, Remis Fulgance Dandjinou.
Desde 2015, a empobrecida região do Sahel no norte do Burkina Faso -- que partilha fronteira com o Mali e o Níger -- luta contra uma onda crescente de ataques 'jihadistas', que nos últimos tempos se estendeu também ao leste, próximo da fronteira com Togo e Benim.
A deterioração da segurança levou as autoridades de Ouagadougou a declarar o estado de emergência em dezembro em várias províncias do norte limítrofes com o Mali.
Num dos incidentes mais recentes, no passado dia 19 de agosto, pelo menos 24 militares morreram num "ataque de grande envergadura" perpetrado por membros de "grupos terroristas não identificados" no norte do Burkina Faso, referiu na altura o Exército.
A maioria dos ataques na antiga colónia francesa são atribuídos ao grupo local Ansarul Islam, fundado em dezembro de 2016, e ao Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), leal à Al-Qaida no Magrebe Islâmico.