"A Tunísia, como a França, conheceu há alguns anos a desestabilização do terrorismo e escolheu uma vitalidade democrática que lhe permite olhar para o futuro com confiança", indicou Édouard Philippe.
"Quero dizer o quanto atentos e confiantes estamos na capacidade desse país de inscrever na linha que ele próprio escolheu e que apoiamos politicamente, diplomaticamente, com muito compromisso", acrescentou.
O primeiro-ministro respondia a uma pergunta do presidente da União dos Democratas e Independentes (UDI), Jean-Christophe Lagarde, que exortou a França a "expressar as suas preocupações", após a detenção em 23 de agosto do candidato à presidência tunisina Nabil Karoui por evasão fiscal e lavagem de dinheiro.
"Organizar eleições num país que regressa à democracia nunca é simples e nunca é adquirido, é sempre um desafio", salientou Philippe.
"Este é um desafio que a Tunísia deve abordar com confiança e que aborda, acredito, com o desejo de mostrar que não mudou na escolha fundamental que fez", afirmou o primeiro-ministro francês acrescentando que "o objetivo da França é garantir que essas eleições sejam realizadas nas melhores condições possíveis".
A campanha eleitoral para as segundas eleições presidenciais na Tunísia após a revolução de janeiro de 2011 iniciou-se no passado dia 02 de setembro, num clima assinalado pela incerteza, alegações de corrupção e receios sobre o extremismo violento.
Entre os 26 candidatos admitidos pela instância eleitoral do país (Isie) para a primeira volta das presidenciais, que decorrem em 15 de setembro, ainda não se destaca um favorito que deverá substituir Béji Caid Essebsi, o primeiro Presidente eleito democraticamente no país em 2014 e que morreu em 25 de julho no exercício de funções.