Pediu ao marido para ter conta bancária. Morreu com 90% do corpo queimado
Marido, principal suspeito, disse em tribunal que tinha direito de lhe bater mas diz-se inocente do crime. Aconteceu na Austrália.
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Mundo Violência doméstica
O homem acusado de ter regado a mulher com gasolina e ter ateado fogo, em Sydney, na Austrália, alegou em tribunal que tinha o direito de lhe bater se assim entendesse. Ela queria apenas ter uma conta bancária só sua.
Kulwinder Singh, de 41 anos, é suspeito do homicídio de Parwinder Kaur, a sua mulher, de 32 anos de idade, que morreu um dia depois do incidente, em dezembro de 2013. Kaur, sublinhe-se, ficou com 90% do corpo queimado.
O irmão da vítima mortal, Sukhvinder, disse em tribunal que tentou impedir uma agressão de Singh à irmã, que começou com uma discussão por causa de dinheiro: a mulher queria pôr algum dinheiro do seu salário numa conta sua.
Parwinder Kaur trabalhava numa quinta de produção de cogumelos, mas ganhava apenas 50 dólares australianos, porque o seu salário caía na conta do marido.
O agressor terá dito ao cunhado, num episódio que terá acontecido um ano antes da morte de Kaur, que não se metesse e que estava no direito "de lhe bater ou de fazer o que quisesse com ela", por ser sua mulher.
Parwinder Kaur com o suspeito, Kulwinder Singh, no dia do casamento.© Reprodução
"Ele disse-me 'eu tramo-te e faço com que sejas expulso da Austrália'", sustentou Sukhvinder, citado pelo Mirror. O mesmo sublinhou que a irmã estava a pensar em deixar o marido. Outros membros da família, por seu turno, garantiram que a relação era abusiva e que a mulher era agredida física e verbalmente, vivendo com restrições de várias ordens, incluindo financeiras.
Singh declara-se inocente desde o início, mantendo que foi ela quem se incendiou na casa de banho de casa. O caso está agora a ser julgado num tribunal australiano.
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