Arábia Saudita anuncia investigação ao ataque a base petrolífera

A Arábia Saudita reagiu esta segunda-feira oficialmente pela primeira vez aos ataques contra as suas principais instalações petrolíferas, no sábado, anunciando uma "investigação internacional" e alertando para a "ameaça iraniana".

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© Reuters

Lusa
16/09/2019 23:27 ‧ 16/09/2019 por Lusa

Mundo

Reação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita disse esta segunda-feira, em comunicado, que "as ameaças iranianas não atingem apenas o reino (saudita), mas os seus efeitos atingem o Médio Oriente e o mundo", na primeira reação oficial ao ataque que no sábado atingiu instalações petrolíferas.

Apesar de reivindicado pelos rebeldes Houthis, que lutam contra a coligação internacional liderada pela Arábia Saudita no Iémen, o Governo de Riade deixa a entender que o Irão estará por detrás do ataque e alerta para o efeito da estratégia de Teerão, considerando que a ameaça terrorista ainda não terminou.

O Irão nega as acusações de autoria do ataque, admitindo que tenha sido feito pelos rebeldes Houthis, em legítima defesa, contra os bombardeamentos sauditas no Iémen.

Para averiguar a origem exata do ataque, a Arábia Saudita anuncia que vai convidar especialistas internacionais e da ONU para que participem nas investigações.

"O reino tomará todas as medidas apropriadas à luz dos resultados dessas investigações", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, alinhando com a posição esta segunda-feira anunciada pelos EUA, cujo Presidente, Donald Trump, anunciou que decidirá uma retaliação ao ataque ao seu aliado "quando houver conclusões seguras" sobre a sua origem.

Perante a condenação ao ataque de sábado por vários países, a coligação liderada pela Arábia Saudita no Iémen já tinha pedido à "comunidade internacional para assumir a sua responsabilidade, para denunciar quem está por detrás".

O porta-voz da coligação, Turki al Malki, disse estar convencido de que o ataque não partiu do Iémen, recusando por isso a reivindicação dos rebeldes Houthis, que considera terem feito aquela assunção para servir os interesses iranianos.

"As investigações ainda decorrem, mas as evidências sugerem que as armas são iranianas", afirmou al Malki.

 

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