Membros da administração norte-americana acusaram o Irão de responsabilidade pelos ataques que atingiram a produção do primeiro exportador mundial de petróleo, mesmo que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tenha mostrado até ao momento menos categórico sobre a autoria do ataque, reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen.
"Prometo-vos, estamos prontos", disse Mike Pence ao discursar na fundação conservadora Heritage em Washington. "Estamos prontos a ripostar e estamos prontos a defender os nossos interesses e os nossos aliados na região", acrescentou.
O Irão "parece estar por detrás destes ataques", considerou, ao retomar a formulação prudente de Donald Trump. "Os nossos serviços de informações estão em vias de analisar as provas neste mesmo instante", explicou Pence, ao precisar que o Presidente norte-americano tomará uma decisão "nos próximos dias".
"Caso o Irão esteja envolvido neste ataque para fazer pressão sobre o Presidente Trump para que ceda, a sua estratégia está votada ao fracasso", insistiu Pence.
"Os Estados Unidos da América farão tudo o que seja necessário para defender o nosso país, os nossos soldados e os nossos aliados no Golfo", reafirmou.
A ação militar do fim de semana foi reivindicada pelos Huthis, apoiados pelo Irão e que controlam vastas zonas do norte e centro do Iémen, incluindo a capital Sanaa, mas a Arábia Saudita, que intervém militarmente no país vizinho desde 2015 em apoio ao governo instalado no sul, disse que as armas utilizadas eram iranianas.
No entanto, a Arábia Saudita não acusou diretamente o Irão de desencadear o ataque, e tem demonstrado alguma prudência enquanto são aguardados os resultados de uma investigação que promovem.