Guerra comercial EUA-China sem grande impacto em África
O departamento de estudos económicos do Standard Bank considera que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China não deve preocupar as economias africanas, já que o aumento das tarifas não é generalizado.
© Reuters
Mundo Standard Bank
"Uma das razões pelas quais não estamos preocupados com o impacto da guerra comercial no crescimento das economias africanas é que a tensão é muito centrada nos Estados Unidos", lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
No documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África argumentam que é só o Governo norte-americano que está a impor tarifas ou a ameaçar aumentar as taxas aduaneiras sobre outros países.
"O que achamos estranho nesta guerra comercial é a resposta dos mercados financeiros a qualquer movimentação, parecendo que o mercado exagera um pouco, antecipando um desastre financeiro num momento, e uma prolongada prosperidade logo a seguir", comentam.
"A imposição de tarifas nas importações chinesas tem um efeito distributivo, mudando a procura norte-americana por produtos chineses, logo não afeta assim tanto a procura global, especialmente das matérias-primas", a principal exportação dos países africanos, notam os analistas.
Se o objetivo do Governo norte-americano fosse aumentar as tarifas sobre todas as importações, aí sim, os países africanos enfrentariam um problema, tendo um impacto negativo, mas a expectativa dos analistas é que os fluxos dos mercados financeiros não tenham grande impacto na trajetória da economia africana.
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