O responsável do Ministério, o general Ibrahima Dahirou Dembélé, afirmou, na noite de quinta-feira, que esta representa a maior perda da força G5-Sahel desde a sua criação, em 2017.
O ministro acrescentou que outros 33 soldados continuam desaparecidos.
Inicialmente, o Governo contabilizava 25 mortos entre as fileiras das forças de defesa, assim como 60 desaparecidos.
O Governo registara também a morte de 15 militantes do grupo armado autor dos ataques.
Até ao momento, nenhum grupo reclamou a responsabilidade dos ataques a duas bases militares no centro do Mali.
Os ataques ocorreram de forma simultânea em dois campos de militares, em Boulekessi e Mondoro, na noite de domingo para segunda-feira, e eram destinados não apenas às forças armadas malianas, mas também à força militar conjunta do G5-Sahel.
O Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou "firmemente os ataques terroristas" contra as forças malianas e o batalhão da força do G5 Sahel, endereçando condolências às famílias dos soldados mortos e desejos de rápidas melhoras aos feridos.
"Renovo a inteira solidariedade da União Africana ao Governo maliano e aos países que contribuem com tropas para a força G5 Sahel.
A força conjunta G5-Sahel é composta por cerca de 5.000 militares de cinco países da região - Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia - e, além da falta de material, enfrenta dificuldades financeiras, embora beneficie do apoio de França.
A missão de paz da ONU no Mali, MINUSMA, reúne cerca de 15.000 militares e polícias, cujo objetivo não passa pelo combate à luta contra grupos 'jihadistas'.
Os ataques terroristas afetam o Mali desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.
A ação dos 'jihadistas' foi muito limitada em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas.