Número de soldados mortos em ataques no Mali sobe para 38

Pelo menos 38 soldados morreram em ataques contra militares no centro do Mali no início da semana, de acordo com o mais recente balanço do Ministério da Defesa do país.

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Lusa
04/10/2019 16:42 ‧ 04/10/2019 por Lusa

Mundo

Ministério da Defesa

O responsável do Ministério, o general Ibrahima Dahirou Dembélé, afirmou, na noite de quinta-feira, que esta representa a maior perda da força G5-Sahel desde a sua criação, em 2017.

O ministro acrescentou que outros 33 soldados continuam desaparecidos.

Inicialmente, o Governo contabilizava 25 mortos entre as fileiras das forças de defesa, assim como 60 desaparecidos.

O Governo registara também a morte de 15 militantes do grupo armado autor dos ataques.

Até ao momento, nenhum grupo reclamou a responsabilidade dos ataques a duas bases militares no centro do Mali.

Os ataques ocorreram de forma simultânea em dois campos de militares, em Boulekessi e Mondoro, na noite de domingo para segunda-feira, e eram destinados não apenas às forças armadas malianas, mas também à força militar conjunta do G5-Sahel.

O Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou "firmemente os ataques terroristas" contra as forças malianas e o batalhão da força do G5 Sahel, endereçando condolências às famílias dos soldados mortos e desejos de rápidas melhoras aos feridos.

"Renovo a inteira solidariedade da União Africana ao Governo maliano e aos países que contribuem com tropas para a força G5 Sahel.

A força conjunta G5-Sahel é composta por cerca de 5.000 militares de cinco países da região - Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia - e, além da falta de material, enfrenta dificuldades financeiras, embora beneficie do apoio de França.

A missão de paz da ONU no Mali, MINUSMA, reúne cerca de 15.000 militares e polícias, cujo objetivo não passa pelo combate à luta contra grupos 'jihadistas'.

Os ataques terroristas afetam o Mali desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.

A ação dos 'jihadistas' foi muito limitada em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas.

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