Num comunicado emitido pelo órgão oficial da Organização das Nações Unidas - ONU News --, o português António Guterres apelou às autoridades do Mali e aos grupos armados no país, que assinaram o acordo de paz em 2015, para que "identifiquem os autores dos ataques de forma a que os mesmos possam ser, rapidamente, levados à justiça".
Na mesma nota, o secretário-geral da ONU lembrou que os "ataques contra as forças de paz das Nações Unidas podem ser considerados crimes de guerra, à luz do direito internacional".
António Guterres já enviou condolências à família do militar do Chade morto, este fim de semana, ao governo e ao povo do Chade, e desejou pronta recuperação aos feridos.
O incidente com o maior número de vítimas ocorreu quando um comboio atingiu um explosivo em Aguelhok, no norte daquele país africano, esclarece a nota.
Mas antes, uma base de operações temporárias da missão da ONU, em Bandiagara, região de Moptino Mali, Minusma, foi atacada por um grupo ainda não identificado e um soldado de paz do Togo ficou gravemente ferido, adiantou.
A nota do secretário-geral termina sublinhando o compromisso da ONU de apoiar o governo e o povo do Mali na sua luta pela estabilidade e paz no país, que procura, desde 2012, pôr fim à violência, altura em que os extremistas islâmicos ligados à Al-Qaeda assumiram o controle do deserto, na região norte.
As ações militares em curso foram impulsionadas pelo acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes, em 2015, contra a influência de milícias islâmicas em regiões do norte e do centro do Mali.
Um capacete azul foi morto e outros quatro ficaram feridos numa explosão de um veículo ocorrida na manhã de hoje, no nordeste do Mali, disse o porta-voz da Minusma (missão das Nações Unidas para a Estabilização do Mali).
Os capacetes azuis estavam numa patrulha de segurança perto de Aguelhok, quando o dispositivo explodiu, informou o porta-voz Olivier Salgado no Twitter.
Em janeiro, um ataque 'jihadista' em Aguelhok matou 11 soldados chadianos da Minusma.
O ataque foi reivindicado pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, a principal aliança 'jihadista' do Sahel ligada à Al-Qaeda.
As forças de manutenção da paz também foram atacadas na manhã de domingo, nas proximidades de Bandiagara (centro), por elementos de um grupo armado não identificado, disse Olivier Salgado no Twitter, sem relatar qualquer ferimento.