Especialistas em floresta pedem a governos para não tirarem madeira morta
Especialistas em floresta pediram hoje aos governos europeus que não retirem a madeira morta das florestas nem aprovem grandes reflorestações por causa de secas ou incêndios, para preservar a diversidade biológica de espécies que dependem de árvores mortas.
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Mundo Europa
Uma equipa internacional publicou na revista Science um apelo a uma "mudança a radical" na estratégia europeia de gestão das florestas, sublinhando que a limpeza em grande escala provoca efeitos negativos consideráveis na diversidade dos insetos e fungos que dependem de madeira morta.
Durante séculos, a silvicultura seguiu a estratégia de retirada de madeira e reflorestação, que teve como consequência uma diminuição constante da diversidade biológica e a extinção de muitos fungos e insetos.
Por exemplo, na Alemanha, está prevista para os próximos anos a retirada de uma grande quantidade de árvores mortas por causa da seca de 2018 e um programa de reflorestação, com fundos de cerca de 800 milhões de euros que deveriam ser "usados para preservar a madeira morta".
"É provável que a estratégia do Governo federal alemão e de outros governos da Europa central crie bosques de flora homogénea que continuarão a ser particularmente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas no futuro", afirmou à agência Efe o investigador Alexandro Leverkus, da Universidade de Granada.
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