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Brasil vai dizer ao Vaticano que "é o único responsável pela Amazónia"

O vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, disse hoje em Roma que o seu Governo é o único responsável pela preservação da Amazónia, e que será essa ideia que transmitirá ao Vaticano, que celebra o Sínodo da Amazónia.

Brasil vai dizer ao Vaticano que "é o único responsável pela Amazónia"
Notícias ao Minuto

20:17 - 11/10/19 por Lusa

Mundo Hamilton Mourão

"Sabemos que temos um problema no século XXI, todos estamos cientes da necessidade de proteger o planeta. No entanto, é responsabilidade do Governo brasileiro preservar a Amazónia. Não é responsabilidade de mais ninguém", afirmou Hamilton Mourão, numa conferência de imprensa, na embaixada brasileira em Roma, capital italiana.

O governante brasileiro encontra-se em Itália para participar no domingo da canonização da religiosa Irmã Dulce, que será a primeira santa nascida no Brasil e, durante a sua visita, conversará com o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Parolin, e com o secretário de Relações com os Estados do Vaticano, Paul Gallagher.

"É uma oportunidade para encontrar os representantes da Santa Sé, uma vez que se está a celebrar o Sínodo da Amazónia, onde a Igreja analisa os problemas dessa região. Nesse contexto, é importante que o Governo brasileiro dê a sua opinião do que acontece nessa área", afirmou o vice-Presidente.

Hamilton Mourão adiantou que explicará aos dois secretários do Vaticano que o executivo do Brasil está "plenamente consciente" da necessidade de cuidar do planeta, mas indicou também que "há muita desinformação" a nível global.

"Há muita desinformação sobre o que acontece nessa área onde vivem 20 milhões de pessoas. As pessoas acreditam que tudo está destruído, que será usado para outros fins. Não é assim", afirmou.

O governante declarou que o executivo liderado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não considera o papa Francisco "como um inimigo", e adiantou que tem intenções de visitar Itália e o Vaticano no próximo ano.

"O Governo do Brasil não pode julgar aquilo que o papa faz. Ele é o líder supremo da Igreja Católica. Não podemos imaginar o papa como um inimigo, a Igreja sempre fez parte da vida do Brasil", acrescentou o general Mourão.

Durante a sua permanência em Itália, o vice-Presidente do Brasil planeia reunir-se na segunda-feira com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e também com membros da direção do grupo de energia Enel e da fabricante de pneus Pirelli.

Nas conversas com os responsáveis das duas empresas, Mourão transmitirá "confiança" e segurança sobre as reformas que o executivo de Bolsonaro quer implementar, como forma de enfrentar problemas fiscais e de produtividade, para que as companhias invistam "tranquilamente" no Brasil, e "ajudem a gerar emprego".

O general mencionou ainda as toneladas de petróleo bruto encontradas nas águas do Atlântico brasileiro, que ameaçam centenas de espécies animais, afirmando que "existem dados não confirmados que apontam que o petróleo em causa é semelhante ao extraído da Venezuela".

"Estão a ser realizados controlos de danos, mas precisamos de saber de onde vem esse dano. Se essas manchas vierem do fundo do mar, precisamos de saber quem é o responsável", concluiu o governante.

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