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Filho de Bolsonaro pede a apoiantes que defendam políticas conservadoras

O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pediu na sexta-feira aos seus apoiantes que defendam as políticas conservadoras do Governo e respondam com sarcasmo à esquerda.

Filho de Bolsonaro pede a apoiantes que defendam políticas conservadoras
Notícias ao Minuto

09:22 - 12/10/19 por Lusa

Mundo Bolsonaro

"Quando você começa uma discussão com pessoas deste tipo [de esquerda] você não pode fazer um debate sério. Você não tem como contradizer então tem que ser sarcástico (...) Faz um meme", declarou Eduardo Bolsonaro, na abertura da primeira Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) organizada no Brasil.

O evento é uma versão local do maior encontro conservador do mundo, a Conferência de Ação Política Conservadora, realizado pela União Conservadora Americana, em Washington, desde 1973.

A CPAC chegou ao Brasil por iniciativa de Eduardo Bolsonaro e da fundação Indigo (Instituto de Inovação e Governança), mantida pelo Partido Social Liberal (PSL).

Ovacionado pelo público assim que subiu ao palco, o filho do chefe de Estado brasileiro abriu a conferência declarando: "[o encontro não é uma] estratégia para alcançar o poder, mas para dizer quem somos, o que é ser conservador, como atuar contra a ideologia de género, contra o aborto".

Enquanto falava, o deputado apresentou vídeos, pegou numa bandeira do Brasil e foi interrompido diversas vezes pelo público que gritou "mito", "eu sou conservador" e a frase "Olavo [de Carvalho] tem razão", numa alusão a um influenciador brasileiro que diz ser filósofo e é considerado principal ideólogo da família Bolsonaro.

Indicado como provável embaixador do Brasil em Washington, embora o pedido ainda não tenha sido formalizado pelo Governo brasileiro, Eduardo Bolsonaro também apelou aos participantes que se organizem para fazer com que o "tsunami conservador" que elegeu o seu pai continue a atuar.

"Queremos fazer deste tsunami que foi a eleição do [Presidente Jair] Bolsonaro uma onda permanente. Sei que foi trabalhoso, mas estamos, cada vez mais, caminhando para uma democracia forte", afirmou.

"Elegemos o Jair Bolsonaro, mas não temos uma sólida base conservadora no Brasil. Nós temos as pessoas e é por isto que a CPAC esta aqui, para que nós possamos nos organizar", acrescentou.

Além de Eduardo Bolsonaro, o evento de abertura da CPAC Brasil contou com a participação de Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana.

Ao público, o conservador afirmou que sua organização está a combater o socialismo no mundo.

"Estamos combatendo o socialismo nos Estados Unidos e estamos combatendo o socialismo que esta espalhado por todo o mundo (...) Estamos indo a outros países não porque as pessoas estão deprimidas, mas sim porque as pessoas estão otimistas, tem esperança e sentimos isto aqui no Brasil, nesta sala", defendeu.

O presidente da União Conservadora Americana também elogiou as ações do chefe de Estado dos Estados Unidos, Donald Trump, alvo de um pedido de abertura de 'impeachment' (processo de destituição), acusado de pressão sobre o Presidente ucraniano para investigar um adversário político, no que pode constituir um abuso de poder no exercício do cargo.

"Donald Trump nos ensinou a ideia de recuperar a grandeza do país, estamos bem encaminhados (...) O Trump ensinou aos americanos que sim, que cada americano armado com a verdade e com um compromisso vivo pode transformar as coisas", defendeu.

"Nos Estados Unidos o impeachment é para pessoas que estão no poder que estão cometendo um crime. Não há crime. Nenhum crime. Isto é muito importante deixarmos bem claro", acrescentou.

Schlapp também projetou que Trump, principal liderança conservadora do mundo, irá reeleger-se no próximo ano.

"Não leiam as notícias falsas, Donald Trump não vai perder a eleição. Isto não vai acontecer, sem chance", concluiu.

A CPAC Brasil continua neste sábado com palestras dos ministros brasileiros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, Abraham Weintraub, da Educação, e Damares Alves dos Direitos Humanos, e outras lideranças conservadoras como senador norte-americano Mike Lee.

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