Guterres pede a Equador e movimento indígena boa-fé em solução para crise
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu hoje ao Governo equatoriano e ao movimento indígena para que "trabalhem de boa-fé" numa solução para a crise no país.
© Ritzau Scanpix/Ida Marie Odgaard via REUTERS
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Em comunicado, António Guterres apela a "todos os atores para que se comprometam num diálogo inclusivo e efetivo e trabalhem de boa-fé na procura de uma solução pacífica para os importantes desafios que o país enfrenta".
O líder das Nações Unidas pediu igualmente a todas as partes para que "reduzam as tensões, evitem atos de violência e atuem com a máxima moderação".
O Governo do Equador e o movimento indígena iniciam hoje conversações sob a mediação da ONU e da Conferência Episcopal Equatoriana, apesar de grupos de manifestantes se terem envolvido nas ruas em novos confrontos com a polícia.
No aeroporto de Quito, cidade onde se têm concentrado os protestos contra o aumento do preço dos combustíveis, foram cancelados hoje mais de cem voos.
O Equador vive há cerca de duas semanas uma crise social desde que o Presidente Lenin Moreno acabou com as subvenções dos combustíveis, uma das medidas como contrapartida à ajuda financeira do país pelo Fundo Monetário Internacional.
A contestação nas ruas, encabeçada pelo movimento indígena, aumentou no sábado na capital, Quito, com o Presidente equatoriano a decretar o recolher obrigatório na cidade e arredores.
Os protestos contra o aumento do preço dos combustíveis provocaram sete mortos, 1.340 feridos e 1.152 detenções, segundo o mais recente balanço, citado pela agência Efe, dos serviços do Defensor do Povo, organismo estatal do Equador.
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