"Nos próximos dias vamos assistir ainda aos últimos estertores de uma etapa superada", afirmou Sánchez.
Para o chefe do Executivo, abre-se agora "uma nova etapa" de convivência na Catalunha em que a regra só pode ser a "lei e a Constituição espanholas".
Numa declaração no Palácio da Moncloa, Pedro Sánchez garantiu que a sentença que foi conhecida hoje vai ser cumprida na íntegra.
"Ninguém está acima da lei e todos estamos obrigados a cumpri-la. Ninguém foi julgado pelas suas ideias", acrescentou.
O Tribunal Supremo condenou hoje os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até 13 anos de prisão.
O ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, foi condenado, por unanimidade, a 13 anos de cadeia por delito de sedição e má gestão de fundos públicos.
Foram condenados a 12 anos de cadeia os ex-conselheiros da Jordi Turull (ex-conselheiro da Presidência), Raul Romeva (ex-conselheiro do Trabalho) e Dolors Bassa (ex-conselheira para as Relações Exteriores) por delitos de sedição e má gestão.
O antigo titular do cargo de conselheiro do Interior, Joaquim Forn e Josep Rull (Território) foram condenados a 10 anos de cadeia.
Jordi Cuixart, responsável pela instituição Òmnium Cultural, foi condenado a nove anos de prisão por sedição.
Os factos reportam-se a 2017 sendo que os magistrados entendem que os acontecimentos de setembro e outubro do mesmo ano constituíram sedição visto que os condenados mobilizaram os cidadãos num "levantamento público e tumultuoso" para impedir a aplicação direta das leis e obstruir o comprimento das decisões judiciais.
"Os acontecimentos do dia 1 de outubro" (2017) não foram apenas uma manifestação ou um protesto. Foi um levantamento tumultuoso provocado pelos acusados", referem os juízes do Supremo espanhol.