Sánchez diz que sentenças confirmam naufrágio do independentismo catalão

O presidente do governo espanhol em funções, Pedro Sánchez, considera que as sentenças do Tribunal Supremo sobre a tentativa de proclamação da independência da Catalunha confirmam o "naufrágio" e o "fracasso" do projeto independentista.

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Lusa
14/10/2019 12:28 ‧ 14/10/2019 por Lusa

Mundo

Catalunha

"Nos próximos dias vamos assistir ainda aos últimos estertores de uma etapa superada", afirmou Sánchez.

Para o chefe do Executivo, abre-se agora "uma nova etapa" de convivência na Catalunha em que a regra só pode ser a "lei e a Constituição espanholas".

Numa declaração no Palácio da Moncloa, Pedro Sánchez garantiu que a sentença que foi conhecida hoje vai ser cumprida na íntegra.

"Ninguém está acima da lei e todos estamos obrigados a cumpri-la. Ninguém foi julgado pelas suas ideias", acrescentou.

O Tribunal Supremo condenou hoje os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até 13 anos de prisão.

O ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, foi condenado, por unanimidade, a 13 anos de cadeia por delito de sedição e má gestão de fundos públicos.

Foram condenados a 12 anos de cadeia os ex-conselheiros da Jordi Turull (ex-conselheiro da Presidência), Raul Romeva (ex-conselheiro do Trabalho) e Dolors Bassa (ex-conselheira para as Relações Exteriores) por delitos de sedição e má gestão.

O antigo titular do cargo de conselheiro do Interior, Joaquim Forn e Josep Rull (Território) foram condenados a 10 anos de cadeia.

Jordi Cuixart, responsável pela instituição Òmnium Cultural, foi condenado a nove anos de prisão por sedição.

Os factos reportam-se a 2017 sendo que os magistrados entendem que os acontecimentos de setembro e outubro do mesmo ano constituíram sedição visto que os condenados mobilizaram os cidadãos num "levantamento público e tumultuoso" para impedir a aplicação direta das leis e obstruir o comprimento das decisões judiciais.

"Os acontecimentos do dia 1 de outubro" (2017) não foram apenas uma manifestação ou um protesto. Foi um levantamento tumultuoso provocado pelos acusados", referem os juízes do Supremo espanhol.

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