"Diante dos ataques sérios e repetidos e contra as estações e instalações do metro de Santiago, contra a ordem pública e a segurança pública ... declarei estado de emergência nas províncias de Santiago e Chacabuco, e nos municípios de Puente Alto e San Bernardo, na região metropolitana ", afirmou o Presidente chileno.
Piñera apareceu diante da imprensa no Palácio de La Moneda, sede do Executivo, e explicou que o objetivo desta medida é voltar a recuperar a normalidade que foi seriamente afetada nesta sexta-feira nas ruas da capital chilena por protestos, motins, barricadas, incêndios e saques.
"O objetivo deste estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: garantir a ordem pública, a tranquilidade dos habitantes da cidade de Santiago, proteger bens públicos e privados e, acima de tudo, garantir os direitos de todos", disse.
Entre a tarde e a noite, os protestos intensificaram-se em Santiago, em várias partes da cidade, onde lojas comerciais foram saqueadas e estações de metro e alguns autocarros de transporte público queimados.
"Nossos compatriotasforam seriamente afetados pela ação de verdadeiros criminosos que não respeitam nada ou ninguém, que estão dispostos a destruir uma instituição tão necessária quanto o metro e que também não respeitam os direitos ou liberdades de seus compatriotas "acrescentou o chefe do executivo chileno.
Piñera também confirmou a nomeação do general Javier Iturriaga del Campo como chefe da defesa nacional durante o estado de emergência.
O artigo 42 da Constituição chilena estabelece que, em caso de estado de emergência devido a séria alteração da ordem pública "as respetivas áreas estarão sob a dependência imediata do chefe da defesa nacional designado pelo Presidente".