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Projeções em Espanha: PSOE vence e Vox vai além do dobro de deputados

As urnas de voto encerraram em Espanha às 20:00 locais (19:00 em Lisboa) para as quartas legislativas em quatro anos, com uma participação às 18:00 de 56,86%, menos 3,8 pontos percentuais do que nas eleições de abril. As primeiras projeções dão a vitória ao PSOE, pese embora sem maioria e o Vox deverá conquistar mais do dobro dos deputados.

Projeções em Espanha: PSOE vence e Vox vai além do dobro de deputados
Notícias ao Minuto

19:01 - 10/11/19 por Lusa com Notícias ao Minuto

Mundo Eleições em Espanha

O PSOE (socialistas) ganhou as legislativas de hoje em Espanha mas perde deputados, devendo eleger entre 114 a 119 (menos 4 a 9 do que em abril), segundo a projeção à boca das urnas da televisão pública espanhola (TVE).

O segundo partido mais votado continua a ser o PP (direita), que sobe dos atuais 66 lugares para 85 a 90.

A formação de extrema-direita Vox, que tinha 24 deputados deverá eleger hoje entre 56 e 59, passando a ser a terceira maior força no parlamento espanhol.

Segundo a mesma projeção de resultados a coligação Unida Podemos, de extrema-esquerda, passa dos atuais 40 para 30 a 34 deputados, enquanto o partido Cidadãos (direita liberal) cai dos 57 para 14 a 15 lugares.

O partido Mais País, liderado por Íñigo Errejón, ex-fundador do Podemos, que concorreu pela primeira vez a eleições, deverá eleger 3 deputados.

A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) poderá eleger entre 13 a 14 deputados, menos que os 15 que conquistou no anterior escrutínio, enquanto o Juntos por Catalunha poderá manter os 7 lugares que alcançou em abril passado.

Por seu lado, o Partido Nacionalista Basco obterá entre 6 a 7 lugares e a Candidatura Unidade Popular (CUP), que concorreu pela primeira vez às eleições para a Assembleia Nacional, deverá conseguir eleger 3 a 4 deputados, retirando votos à ERC.

O EH-Bildu, do País Basco, poderá obter entre 3 a 4 deputados, face aos 4 que elegeu em abril.

O partido Navarra Suma voltará a eleger 2 deputados, o mesmo resultado que obteve em abril, data das eleições anteriores, e a Coligação Canária obtém entre 1 e 2 lugares.

projeção divulgada pela TVE assinala que outros partidos que também poderão ter representação parlamentar são o Teruel Existe, com 1 lugar; o Partido regionalista Cántabro, também com 1; e o Bloco Nacionalista Galego (BNGa), que regressaria ao Congresso de Deputados com 1 lugar.

Foram instaladas quase 60.000 mesas e mais de 210.000 urnas em 50 províncias e nas cidades de Ceuta e Melila, no norte de África.

Os cerca de 37 milhões de eleitores começaram a exercer o seu direito de voto às 09:00 (08:00 em Lisboa) para escolherem 350 deputados e 208 senadores das Cortes Gerais.

A partir do encerramento das assembleias de voto, as televisões irão revelar sondagens feitas à boca das urnas durante o dia e a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa) começarão a sair os resultados.

Uma parte importante da atenção mediática vai estar na Catalunha, uma comunidade autónoma com uma forte presença de movimentos independentistas que aumentaram os protestos, por vezes de forma violenta, desde que há quase um mês foi conhecida a sentença de uma série de líderes envolvidos na tentativa de independência de 2017.

Nas últimas eleições, em 28 de abril último, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguido pelo PP 16,7%, o Cidadãos 15,9%, o Unidas Podemos 14,3% e o Vox 10,3%.

Segundo várias sondagens publicadas, o PSOE voltará a ganhar as eleições, mas com uma queda ligeira (para cerca de 27%), seguido pelo PP (direita) que sobe para cerca de 20% e o Vox, também a crescer, para cerca de 15%.

A forte subida dos dois partidos de direita é feita à custa do Cidadãos (direita liberal), que baixaria para 8-9%, enquanto à esquerda o Unidas Podemos (extrema-esquerda) deve descer ligeiramente.

A todos estes partidos junta-se agora o Mais País, uma formação criada por um ex-fundador do Podemos, que, apesar das sondagens lhe indicarem uma votação reduzida, 2 a 3 por cento, irá roubar alguns votos aos restantes dois principais partidos da esquerda.

As eleições foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.

[Notícia atualizada às 19h52]

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