Futuro de Macau depende da reserva financeira e de terrenos, diz governo

O chefe do Governo de Macau disse hoje que o futuro da capital do jogo depende da capacidade de constituir uma sólida reserva financeira e de terrenos onde vivem mais de 600 mil habitantes em 30 quilómetros quadrados.

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Lusa
12/11/2019 09:11 ‧ 12/11/2019 por Lusa

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Macau

"A reserva financeira e a reserva de terrenos constituem condições indispensáveis do desenvolvimento futuro de Macau", sublinhou Fernando Chui Sai On na Assembleia Legislativa (AL), onde fez um balanço da ação governativa de 2019 e apresentou o programa orçamental para o ano financeiro de 2020.

O governante estimou que a reserva financeira no final de 2019 atinja os 627,35 mil milhões de patacas (70,6 mil milhões de euros) e frisou o crescimento desta nos anos em que esteve à frente do Governo que, indicou, é agora cinco vezes superior ao valor inicialmente previsto para 2012.

"Do nada à construção. Criámos o regime de reserva financeira de Macau, garantia estável de recursos para a concretização prioritária dos projetos", salientou.

O chefe do executivo destacou a evolução numa outra área que considera essencial para assegurar o desenvolvimento do antigo território administrado por Portugal.

"Aumentámos e enriquecemos a reserva de terrenos. O aumento de terrenos e ampliação de espaços para o desenvolvimento da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] resultam sobretudo da atenção e do apoio do país [China], e do facto de nos últimos anos o Governo ter ultrapassado inúmeras dificuldades na recuperação de terrenos", concluiu Chui Sai On, quando está a pouco mais de um mês de abandonar o cargo que ocupou na última década.

Depois de ter cumprido dois mandatos, cada um de cinco anos, o atual líder do Executivo será substituído no cargo pelo ex-presidente da AL, Ho Iat Seng, de 62 anos.

Único candidato a chefe do Governo, Ho Iat Seng toma posse a 20 de dezembro, dia em que se assinalam 20 anos da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e da passagem do antigo território administrado por Portugal para a China.

Após mais de 400 anos sob administração portuguesa, Macau passou a ser uma região administrativa especial da China a 20 de dezembro de 1999, com um elevado grau de autonomia acordado por um período de 50 anos.

 

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