Paquistão: Partido religioso da oposição aumenta protestos contra Governo
Um dos principais partidos religiosos do Paquistão, o Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), anunciou hoje que vai estender a todo o país os protestos contra o primeiro-ministro por alegada fraude nas eleições de 2018, para forçar a demissão de Imran Khan.
© Reuters
Mundo Paquistão
"Apelo ao povo para que participe nos protestos em todo o país, quer pelo vosso voto, quer pelos vossos direitos", afirmou o presidente do JUI-F, Fazlur Rehman, perante milhares de pessoas em Islamabad.
O dirigente islamita anunciou o fim do protesto na capital, onde milhares de pessoas se concentraram durante 13 dias, depois do fracasso das negociações entre a oposição e o Governo, que descartou categoricamente a demissão de Khan.
Outro líder da JUI-F, Atta ur Rehman, disse que hoje que algumas estradas foram bloqueadas, como a autoestrada que liga as cidades de Quetta e Chaman, na província do Baluchistão (sudoeste) e adiantou que, a partir de quinta-feira, os bloqueios vão estender-se às estradas de todo o país.
Rehman acusa Khan de fraude nas eleições de 2018, afirmando terem sido organizadas pelo Exército, que governou o país durante quase metade da sua história pós-independência, em 1947, e que, mesmo nos períodos democráticos, mantém uma grande influência.
Além da alegada fraude eleitoral, os manifestantes criticam o estado da economia, que apresenta uma inflação muito alta e um crescimento muito baixo, afetando sobretudo os mais pobres.
O presidente da JUI-F, uma das figuras políticas mais importantes das últimas décadas no país, foi membro da Assembleia Nacional (parlamento) entre 1998 e 2018, ano em que o seu partido entrou em colapso, sendo que atualmente nem sequer tem assento parlamentar.
Este é o primeiro grande desafio lançado pela oposição desde que o partido de Imran Khan, o Tehreek-i-Insaf, foi dado como vencedor das eleições.
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