Deportados para a Alemanha nove alegados 'jihadistas' detidos na Turquia
Nove alegados membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI) detidos na Turquia deverão ser deportados para a Alemanha até sexta-feira sem estarem sujeitos a mandados de prisão, anunciaram hoje as autoridades alemãs.
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Mundo Jihadistas
Entre os nove supostos membros do EI, estão um homem com dupla nacionalidade, iraquiana e alemã, seis seus familiares, provenientes da região alemã da Baixa Saxónia, e duas mulheres de combatentes do grupo.
O homem de dupla nacionalidade, conhecido pelos serviços alemães por pertencer ao salafismo, um movimento muçulmano sunita de caráter reformista, é suspeito de tentar viajar para a Síria na primavera deste ano.
A família de sete pessoas foi detida na prisão de Izmir, na Turquia. No entanto, para as autoridades alemãs não há evidências de que sejam membros do grupo 'jihadista'.
As duas mulheres foram detidas num campo de detenções na Síria, de onde haviam escapado, antes de serem interrogadas pelas autoridades turcas.
Chegando à Alemanha, as duas mulheres deverão ser interrogadas e depois vigiadas pelas autoridades.
Nas próximas semanas, outras duas mulheres deverão ser deportadas pela Turquia, segundo as mesmas fontes, que referem estar a decorrer uma investigação, mas sem mandado de detenção.
Em entrevista ao jornal alemão Neue Osnabrücker Zeitung, a ministra da Justiça da Alemanha, Christine Lambrecht, afirmou que "se a detenção ainda não pode ser ordenada, as pessoas podem ser vigiadas intensivamente ou usar pulseira eletrónica".
Os partidos no poder e da oposição alemã ficaram alarmados com o regresso de supostos membros do EI e acusaram o Governo da chanceler Angela Merkel de não estar preparado para os receber.
"Queremos ver todos os membros perigosos em detenção", assumiu na terça-feira o membro do partido conservador CDU Armin Schuster.
Especialista em questões de segurança, Armin Schuster disse que cerca de um terço dos 100 alemães ainda na Síria são identificados como elementos perigosos.
Schuster acrescentou que há uma dúzia de alemães detidos na Turquia e que provavelmente serão expulsos.
As repatriações de 'jihadistas' pela Turquia surgem após a ofensiva militar de Ancara no nordeste da Síria, fortemente criticada pelas nações ocidentais por atacar as forças curdas aliadas da coligação internacional na luta contra o EI.
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