Fundado por quatro jovens desconhecidos indignados com a linha política de Matteo Salvini feita, como acusam, de ódio e exclusão, o movimento conseguiu, no sábado, em tempo recorde reunir 15 mil pessoas no centro de Bolonha, quando aquele estava com cinco mil apoiantes em um estádio da cidade.
Entoando o hino dos antifascistas 'Bella Ciao', o movimento reuniu, na segunda-feira em Modena, mais de sete mil pessoas para protestar contra a campanha de Salvini para disputar o controlo da região de Emília-Romana, na eleição regional de 26 de janeiro.
Segundo as sondagens, a coligação que inclui a extrema-direita de Salvini está em ascensão no norte de Itália, depois de ter obtido uma vitória histórica durante as recentes eleições na Úmbria, no centro do país, onde a esquerda governou durante meio século.
"Mas as sardinhas, como os peixes pequenos, são fortes e podem criar uma vaga enorme, um tsunami", comentou um admirador do movimento na rede social Facebook,
Tornados o símbolo do protesto contra Salvini, os "sardinhas" apelaram a manifestações nos próximos dias em Reggio d'Emilie, Rimini e Parma, cidades do norte onde o antigo ministro do Interior tem previsto realizar comícios.
"Em Bolonha, diziam que eram 100 mil num lugar onde só cabiam dez mil, uma mentira que reflete o estilo da Liga, para alcançar a adesão pela mentira", declarou na Facebook uma das fundadoras das "sardinhas", Mattia Santori.
"Em breve vamos anunciar no Facebook uma grande mobilização de 'sardinhas' em Milão", cidade com influência importante da Liga, acrescentou.
Na página O Arquipélago das Sardinhas, que criaram na Facebook, o movimento explica que quer reunir as pessoas que se reconhecem nos valores do antifascismo.