Numa breve nota informativa, o gabinete do primeiro-ministro britânico em funções, Boris Johnson, anunciou que, caso os conservadores britânicos ganhem as eleições gerais antecipadas, Isabel II irá discursar a 19 de dezembro (quinta-feira) e que a intervenção da monarca, que marca a abertura de Estado do Parlamento britânico, irá ocorrer "com elementos cerimoniais reduzidos, como foi o caso após as eleições legislativas antecipadas em 2017".
No comunicado, o número 10 de Downing Street (residência oficial e gabinete do primeiro-ministro britânico) informou ainda que, caso não exista uma mudança de Governo, a primeira sessão da nova composição do Parlamento britânico vai acontecer a 17 dezembro, dia que ficará marcado pela eleição de um novo 'speaker' (presidente da Câmara dos Comuns, câmara baixa do Parlamento) e pela tomada de posse dos novos parlamentares.
A nota indica igualmente que caso exista uma mudança governativa, ou seja, se outra força política ganhar as eleições antecipadas de 12 dezembro (por exemplo, os trabalhistas de Jeremy Corbyn), "prevê-se que o discurso da Rainha seja em janeiro", mas, segundo acrescentou Downing Street, "tal será um assunto para o novo executivo".
Downing Street justifica este calendário e medidas com as eleições gerais antecipadas e com a proximidade da abertura do Parlamento com a época natalícia.
O Parlamento britânico foi dissolvido após a meia-noite do passado dia 06 de novembro, para permitir aos candidatos fazer campanha para as eleições gerais antecipadas.
O primeiro-ministro britânico em funções, Boris Johnson, garantiu no domingo que, caso ganhe as eleições, pretende executar o 'Brexit' (saída do Reino Unido da União Europeia) antes do dia 31 de janeiro (nova data do processo) para "unir o país e resolver o caos".
O político britânico falava na apresentação do manifesto do Partido Conservador em Telford, West Midlands, um documento de 50 páginas que foi lançado a cerca de três semanas das eleições antecipadas do Reino Unido, as "mais cruciais da história moderna", segundo frisou o próprio.
De acordo com o manifesto, a proposta de saída do 'Brexit' será novamente apresentada antes do Natal, para que seja votada pelos deputados e consumada no final de janeiro do próximo ano.