Coligação liderada pela Arábia Saudita vai libertar 200 rebeldes do Iémen

A coligação liderada pela Arábia Saudita anunciou hoje que vai libertar 200 rebeldes Huthis iemenitas, à medida que os esforços se multiplicam para acabar com o conflito no Iémen.

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Lusa
26/11/2019 17:17 ‧ 26/11/2019 por Lusa

Mundo

Arábia Saudita

 

A coligação militar, que intervém desde 2015 na guerra do Iémen em apoio ao poder, decidiu "libertar 200 rebeldes" e também permitir o transporte de pacientes que necessitam de assistência médica a partir do aeroporto de Sanaa, "em cooperação com a Organização Mundial de Saúde (OMS)", indicou o seu porta-voz, Turki al-Maliki, citado num comunicado divulgado pela agência oficial saudita SPA.

Os rebeldes do norte do Iémen e apoiados pelo Irão assumiram o controlo da capital Sanaa, em 2014.

Apenas voos da Organização das Nações Unidas (ONU) e das organizações humanitárias estão autorizados a operar a partir do aeroporto da capital, fechado para voos comerciais desde 2016.

O anúncio da coligação militar surge na sequência da diminuição dos ataques realizados pelos rebeldes contra a Arábia Saudita, o que já foi saudado na sexta-feira pelo enviado da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, que considerou que poderá ser um indício de um cessar-fogo geral no país.

Um responsável saudita indicou no início de novembro que um "canal" estava aberto com os Huthis para acabar com a guerra e os rebeldes propuseram em setembro, interromper os seus ataques contra o vizinho reino saudita.

Na segunda-feira, oito Huthis foram mortos em ataques aéreos da coligação na cidade de Hodeida, no oeste do Iémen, segundo as autoridades locais.

As partes em confronto iemenitas concordaram em trocar 15.000 prisioneiros sob um acordo assinado na Suécia em 2018, sob os auspícios das Nações Unidas, cujas medidas ainda não se concretizaram.

A coligação libertou oito prisioneiros Huthis em janeiro e os rebeldes libertaram 290 combatentes da coligação em setembro.

O conflito foi desencadeado em meados de 2014 com a tomada da capital do Iémen, Sanaa, pelos rebeldes Huthis. Desde 2015, uma coligação internacional dirigida pela Arábia Saudita participa na guerra ao lado das forças governamentais.

A guerra no Iémen causou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis, segundo diversas organizações humanitárias. A ONU considera que o conflito levou à pior crise humanitária do mundo.

As Nações Unidas coordenam mais de 250 organizações humanitárias no país, que prestam apoio a mais de 13 milhões de iemenitas.

 

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