Etiópia, Sudão e Egito reúnem-se nos EUA devido a impasse com barragem
O Egito anunciou hoje que representantes dos três países da bacia do rio Nilo vão reunir-se nos Estados Unidos da América, na próxima semana, para "avaliar os resultados" das negociações para conclusão da construção de uma barragem na Etiópia.
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Mundo Reunião
Numa declaração, o ministro da Irrigação do Egito afirmou que o encontro marcado para segunda-feira, em Washington, vai permitir abordar as conclusões das duas rondas de conversas técnicas conduzidas esta semana no Cairo, e no mês passado na capital etíope, Adis Abeba.
Uma terceira ronda de negociações, na capital sudanesa, Cartum, está prevista para 21 e 22 de dezembro.
Em causa está a construção da Grande Barragem do Renascimento da Etiópia, que o Egito diz retirar caudal ao seu leito do rio.
O projeto, avaliado em mais de 4 mil milhões de dólares (mais de 3,5 mil milhões de euros), vai permitir à etiópia gerar 6.000 megawatts de eletricidade e controlar o fluxo de água do Nilo Azul, o maior afluente do Nilo.
O Egito acusara a Etiópia de rejeitar propostas para estabelecer mecanismos para gerir o processo de enchimento do reservatório e o sistema de libertação de água para o rio em caso de seca, o que considerou uma questão de "segurança nacional", já que disso depende a sua agricultura e a geração de eletricidade na barragem de Assuão.
Por seu lado, Adis Abeba acusou o Cairo de querer manter o 'status quo' colonial e tentar impor o regime através do qual a barragem deve ser gerida.
Os trabalhos da Grande Barragem do Renascimento da Etiópia, que começou em 2011 perto da fronteira sudanesa e está concluída em 68%, deverão estar concluídos até 2023, após anos de atraso.
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