Duas pessoas morreram em agonia, no Brasil, depois de terem sido mordidas por aranhas e não terem procurado cuidados médicos imediatos. As suas famílias estão agora a tentar alertar outras pessoas para não subestimarem a natureza letal das picadas.
Segundo a família de Luciano Marchioro, de 48 anos, este era "demasiado macho" para ir ao médico para ver o ferimento. Enquanto que a família de Ana Paula Topan, de 39 anos, acusa o hospital de negligência pois não tinha o medicamento indicado para tratar a mordida.
Apesar de estarem a vários quilómetros de distância um do outro, conta o Mirror, ambos morreram tragicamente o mês passado depois de terem sido mordidos pela mesma aranha, chamada 'Aranha Reclusa' ou aranha castanha.
Luciano foi mordido em Pato Branco, a sul do Brasil, mas não foi ao hospital nem tomou qualquer tipo de ação até perceber que não urinava há três dias, desde que tinha sido picado, e que uma das suas pernas estava inchada. Foi diretamente internado nos cuidados intensivos, mas morreu pouco depois.
Ana Paula foi mordida em Campinas, a sudeste do Brasil, e não procurou ajuda médica durante quatro dias, pois não tinha sintomas. Morreu no hospital com dores excruciantes depois de o medicamento que lhe foi dado não ter feito efeito.
A família da mulher está a acusar o hospital de negligência depois de o antídoto só ter chegado ao hospital após Ana Paula já ter morrido.
Em ambos os casos, os especialistas dão conta de que nenhuma das vítimas percebeu que a gravidade das picadas e o atraso com que se dirigiram ao hospital poderiam contribuir para a sua morte.