Menino espanhol "à beira da morte" após engano na dose de medicamento
Lucas sobreviveu mas tem sequelas para toda a vida. Foi-lhe ministra dose de medicamento quatro vezes superior ao que era suposto.
© Reprodução El Mundo
Mundo Negligência médica
Um menino de 11 anos de idade natural de Cáceres, na Estremadura, ficou com queimaduras graves na pele, caíram-lhe as unhas, os mamilos e quase ficou cego depois de lhe ter sido administrada uma dose de medicamento quatro vezes superior ao normal.
A história de Lucas, que precisou de ser submetido a quimioterapia para sobreviver, foi contada pelo El Mundo esta semana. O menino recebeu uma dose a quadruplicar de Lamictal, um tratamento para epilepsia, por ter ser confundido com outro medicamento, e acabou por desenvolver síndrome de Stevens-Johnson, uma necrólise epidérmica tóxica comumente causada por medicamentos ou por infecções.
Os sintomas típicos incluem descamação da pele, febre, dores pelo corpo, uma erupção vermelha plana e bolhas e feridas nas membranas mucosas.
A sua mãe, Cristina Paredes, indicou à mesma publicação que Lucas foi transportado para o Hospital La Paz, em Madrid, "à beira da morte", tendo permanecido mais de duas semanas nos Cuidados Intensivos. Foi necessário coser-lhe as pálpebras, com oito pontos em cada olho, para que a infeção não o deixasse cego.
O menino sobreviveu, apesar de ter ficado com deformações físicas e com problemas renais e hepáticos. Os pais vão abrir um processo contra o Servicio Extremeño de Salud (SES, as autoridades de saúde da Estremadura), pela cadeia de erros grosseiros levados a cabo por, pelo menos, três centros de saúde.
"O erro aconteceu por se terem misturado vários medicamentos deste género e por um erro de dose... E agora, que está a ser seguido em Madrid, nem sequer está a tomar antiepiléticos e disseram-nos que, se calhar, nem os devia ter tomado estes anos todos", afirmou a mãe.
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