Encontrados corpos de três homens raptados pelo Boko Haram nos Camarões
Os corpos de três homens raptados na sexta-feira no norte dos Camarões pelo grupo 'jihadista' Boko Haram foram encontrados decapitados, anunciaram hoje as autoridades locais citadas por agências de notícias internacionais.
© Reuters
Mundo Boko Haram
As vítimas eram residentes na aldeia de Tolkomari, no distrito de Kolofata, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com a Nigéria, com o estado de Borno, um dos redutos da organização terrorista Boko Haram.
Os membros do Boko Haram têm multiplicado os raptos e ataques mortíferos na região, que é um ponto de convergência entre quatro países - Nigéria, Níger, Camarões e Chade.
"Os restos mortais dos três homens, decapitados e pertencentes a um grupo de pessoas sequestradas na sexta-feira em Tolkomari, foram encontrados no sábado, no mato, perto desta aldeia", disse um responsável da administração local camaronesa citado pela agência France-Presse (AFP), que falou sob anonimato e atribuiu os assassinatos ao grupo 'jihadista' nigeriano.
As vítimas foram encontradas durante uma patrulha da Força Multinacional Conjunta contra o Boko Haram, composta por soldados do Benim, Nigéria, Níger, Camarões e Chade.
O Boko Haram realiza várias ofensivas nas regiões fronteiriças para tentar obter resgates ou para recrutar jovens.
Na noite de quarta-feira, 17 jovens camaroneses, entre os 11 e os 20 anos, foram raptados pelo Boko Haram também no norte dos Camarões.
Desde 2014, os Camarões contam cerca de 13.000 ataques do Boko Haram no seu território, tendo matado "vários milhares" de pessoas, segundo o Governo.
A violência levou mais de 250.000 pessoas a abandonarem as suas casas e provocou um fluxo de 60.000 refugiados nigerianos.
O grupo Boko Haram foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf.
Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, mas desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.
Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.
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