"(Evo Morales) acabou de aterrar (aeroporto) em Ezeiza. Vem para ficar na Argentina na qualidade de requerente de asilo e obterá de seguida o estatuto de refugiado", declarou o ministro ao canal de televisão TN.
O ministro lembrou que, "há um mês", Morales solicitou asilo à Argentina e o Presidente cessante, Maurício Macri, "não o concedeu".
O Presidente eleito da Argentina, o peronista de centro-esquerda Alberto Fernandez, pronunciou-se em novembro a favor da concessão de asilo a Evo Morales, que alegadamente teria sido vítima de um "golpe".
Na terça-feira, Alberto Fernandez foi investido chefe de Estado da Argentina.
Pressionado pela polícia e pelo exército, Evo Morales foi forçado a renunciar a 10 de novembro, após três semanas de manifestações para protestar contra as fraudes nas eleições presidenciais, segundo a oposição e a Organização dos Estados Americanos. (OEA).
Morales tentava um quarto mandato consecutivo, depois de quase 14 anos no poder da Bolívia.
O ex-Presidente boliviano declarou que havia sofrido um "golpe", refugiando-se no México, liderado por um Presidente de esquerda, Andrés Manuel Lopez Obrador.
Na sexta-feira, depois de quase um mês no México, Morales viajou para Cuba, de onde partiu hoje para Buenos Aires.
O ministro argentino garantiu que Evo Morales "sente-se mais em casa aqui do que no México".
Os dois filhos do ex-Presidente boliviano, Evaliz e Álvaro, que nunca ocuparam cargos públicos, chegaram à capital argentina de La Paz no final de novembro.
Enquanto isso, o parlamento boliviano aprovou uma lei no final de novembro a convocar novas eleições presidenciais e legislativas, sem Evo Morales, que não poderá concorrer.