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Turquia envia 'drone' armado para o norte do Chipre

Um 'drone' [aparelho aéreo não-tripulado] turco armado aterrou hoje no Chipre do Norte, onde ficará estacionado devido às tensões causadas pela exploração de hidrocarbonetos entre a Turquia e outros países do Mediterrâneo.

Turquia envia 'drone' armado para o norte do Chipre
Notícias ao Minuto

10:26 - 16/12/19 por Lusa

Mundo Drone

O 'drone', modelo Bayraktar TB2, pousou no aeroporto de Gecitakle, na região de Famagusta, no leste da ilha, de acordo com um jornalista da agência de notícias France-Presse no local.

É o primeiro 'drone' turco a pousar neste aeroporto depois de as autoridades cipriotas turcas -- apoiadas por Ancara, cujas tropas ocupam o norte da ilha -- terem dado o seu consentimento a esse tipo de aeronave.

Esse desdobramento é o mais recente desenvolvimento da tensão na região relacionada com a exploração de hidrocarbonetos após a assinatura, no final de novembro, de um controverso acordo de delimitação marítima entre a Turquia e a Líbia.

O acordo foi condenado por vários países, incluindo a Grécia e Chipre, porque permite a Ancara reivindicar direitos sobre grandes áreas no Mediterrâneo oriental.

Após a assinatura do acordo, o Governo turco alertou que impediria qualquer exploração de hidrocarbonetos sem a sua autorização nessas áreas.

Os depósitos de hidrocarbonetos descobertos nos últimos anos no Mediterrâneo oriental despertam o apetite dos países vizinhos, nomeadamente Grécia, Egito, Chipre e Israel, que mantêm relações difíceis com Ancara.

O acordo marítimo turco-líbio é visto como a resposta da Turquia à criação, em janeiro, de um fórum do Mediterrâneo oriental sobre o gás, do qual Ancara foi excluída, numa reunião no Cairo com representantes de Chipre, Grécia, Israel, Egito, Itália, Jordânia e dos Territórios Palestinianos.

Ameaçada de sanções pela União Europeia (UE) pela perfuração ilegal na costa do Chipre, da qual ocupa a parte norte desde 1974, a Turquia pretende usar o seu acordo com a Líbia para acabar com seu isolamento no Mediterrâneo oriental e reivindicar direitos sobre a exploração de hidrocarbonetos.

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