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"Aposto a minha vida em como Trump sabia" da pressão à Ucrânia

Lev Parnas, associado de Giuliani, que participou na campanha de pressão às autoridades ucranianas, implica o presidente dos EUA no esquema para investigar os Biden.

"Aposto a minha vida em como Trump sabia" da pressão à Ucrânia
Notícias ao Minuto

09:27 - 16/01/20 por Fábio Nunes

Mundo Donald Trump

No dia em que Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Representantes, entregou o processo de impeachment no Senado norte-americano, Lev Parnas, uma das pessoas que colaborou com Rudy Giuliani na campanha para pressionar o governo ucraniano a investigar Joe e Hunter Biden, afirmou numa entrevista ao The New York Times que Donald Trump estava a par de todos os esforços que estavam a ser feitos para pressionar a Ucrânia.

Parnas destacou uma mensagem trocada com Giuliani, o advogado pessoal de Trump e que alegadamente agiu em nome do presidente nos contactos que estabeleceu com membros do governo e das autoridades ucranianas, e que foi divulgada esta semana pela Câmara dos Representantes.

Nessa mensagem, Giuliani gabou-se dos esforços que estavam a ser feitos para garantir o visto para um antigo funcionário do governo ucraniano que investigava alegações de corrupção contra Joe Biden.

“Vai resultar. Eu tenho o número um nisto”, escreveu Giuliani. Para Lev Parnas, a referência ao número um deixou claro que se tratava de Trump. “Eu aposto a minha vida em como Trump sabia exatamente o que estava a acontecer e o que Rudy Giuliani estava a fazer na Ucrânia”, sublinhou Parnas.

Notícias ao MinutoLev Parnas teve um papel central na campanha de pressão à Ucrânia© Getty Images

No decurso da entrevista ao Times, o empresário mostrou arrependimento pelo papel desempenhado na campanha de pressão à Ucrânia e lamenta ter confiado tanto em Giuliani, por acreditar que “estava a ser um patriota e que estava a ajudar o presidente”.

Lev Parnas foi detido em outubro do ano passado, acusado de crimes que não estão relacionados com a campanha de pressão exercida sobre a Ucrânia, mas mostra total disponibilidade para colaborar com os procuradores que estão a investigar Giuliani e as suas ações na Ucrânia.

O processo de impeachment que envolve Trump teve início em outubro, quando o presidente norte-americano foi acusado de pressionar o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelinskyi a investigar Hunter Biden e o seu pai, Joe Biden, candidato democrata às presidenciais do próximo ano, retendo ajuda financeira à Ucrânia. Para os democratas, Trump abusou do cargo de presidente para obter ganhos pessoais políticos.

Num Senado controlado pelos republicanos, não se espera que Trump se torne no primeiro presidente dos Estados Unidos a ser demitido pela câmara alta do Congresso.

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