Jihadistas condenados a penas de prisão, incluíndo perpétua, em França

Um grupo de 19 jihadistas, homens e mulheres que viajaram entre 2014 e 2015 para o Iraque e para a Síria e quase todos presumivelmente mortos, foi hoje condenado em França a penas de prisão, incluindo prisão perpétua.

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Lusa
17/01/2020 20:19 ‧ 17/01/2020 por Lusa

Mundo

França

A pena mais pesada (prisão perpétua) deliberada pelo tribunal especial criminal de Paris, instância composta unicamente por magistrados, foi aplicada a Mohamed Belhoucine, considerado o mentor do ataque ocorrido no supermercado Hyper Cacher, na zona da Porte de Vincennes, durante os ataques terroristas registados na capital francesa em janeiro de 2015.

Em 09 de janeiro de 2015, o autor do ataque, identificado como Amédy Coulibaly, matou quatro homens, todos judeus, durante uma tomada de reféns.

Entre os outros jihadistas que estarão presumivelmente mortos, e que foram hoje condenados à revelia em Paris, constam cidadãos oriundos de França, Marrocos, Mauritânia e Argélia.

Os homens foram todos condenados a penas de 30 anos de prisão, enquanto quatro mulheres foram condenadas a penas entre 25 e 28 anos de prisão.

Este grupo de 19 'jihadistas', mencionados como "fantasmas", estava integrado num processo que abrangia um total de 24 acusados.

Durante o julgamento, o procurador-geral pediu a pena máxima (prisão perpétua) para Mohamed Belhoucine, considerado como a "figura tutelar" deste processo, e 30 anos de prisão para todos os outros "fantasmas", tendo argumentado que estes tinham escolhido fazer "uma viagem sem regresso" à terra do "califado" islâmico.

O tribunal especial não detalhou as motivações destes 'jihadistas' "fantasmas", mas o representante do Ministério Público viu nas "19 cadeiras vazias" ao longo do julgamento a ilustração da "linha-dura" destes jovens que, partiram aos 20 ou 30 anos, "conscientemente para um país em guerra".

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