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Universidade afirmou que a xenofobia é uma "reação normal" ao coronavírus

A publicação da UC Berkeley gerou uma onda de críticas nas redes sociais. 30% dos seus alunos são de descendência asiática.

Universidade afirmou que a xenofobia é uma "reação normal" ao coronavírus
Notícias ao Minuto

10:33 - 02/02/20 por Fábio Nunes

Mundo Coronavírus

Numa publicação com o intuito de abordar reações comuns à propagação do coronavírus, a Universidade de Serviços de Saúde da Universidade da Califórnia, Berkeley, uma das mais prestigiadas nos Estados Unidos, indicou que ansiedade, pânico, um sentimento de impotência e raiva são "reações normais".

Mas o gráfico publicado no Instagram incluía outra "reação normal" ao surto de coronavírus, a xenofobia. "Receios de interagir com aqueles que podem ser provenientes da Ásia e culpa por causa desses sentimentos", pode ler-se no post.

A revolta face a esta publicação da UC Berkeley não tardou depois de ter sido partilhada por Adrienne Shih no seu Twitter. "Confusa e sinceramente muito zangada com este post de Instagram de uma conta oficial da UC Berkeley. Quando é que a xenofobia é alguma vez uma ‘reação normal’?", escreveu.

A CNN adianta que as críticas à publicação multiplicaram-se. A universidade californiana removeu o gráfico das redes sociais e emitiu um pedido de desculpa.

Esta publicação ganha particular relevância tendo em conta que o corpo estudantil de Berkeley é composto por 30% de alunos de descendência asiática, mas também face a uma reação generalizada que se tem sentido.

Muitas pessoas de descendência asiática que vivem em países ocidentais têm-se queixado da forma diferente como têm sido recentemente tratadas. Um jornalista britânico de descendência chinesa descreveu num artigo publicado no The Guardian o "ambiente hostil" que enfrenta numa simples viagem de autocarro e que, numa circunstância, quando se sentou no autocarro, o homem ao seu lado levantou-se de imediato.

O surto de coronavírus, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan, já provocou a morte a 304 pessoas. Só na China há registo de mais de 14 mil pessoas infetadas com esta nova estirpe do coronavírus, definida como 2019-nCov.

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