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Casinos de Macau devem dar alojamento a funcionários que vivem na China

O Governo de Macau disse hoje que os operadores dos casinos devem arranjar alojamento em Macau aos trabalhadores do território que residem no interior da China, de forma a prevenir a propagação do surto do novo coronavírus.

Casinos de Macau devem dar alojamento a funcionários que vivem na China
Notícias ao Minuto

10:42 - 02/02/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

Esta afirmação surge no mesmo dia em que Macau registou o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, somando agora oito casos de infeção e um dia depois do anúncio de duas pessoas que trabalham em casinos de Macau e que vivem na cidade vizinha chinesa de Zhuhai estarem infetadas com o novo coronavírus.

"Os operadores dos casinos devem proporcionar esse alojamento", frisou o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, em conferência de imprensa, lembrando que a maioria dos não residentes trabalha em construção civil, restauração, hotelaria e limpeza.

Os empregadores devem criar essas condições e se não conseguirem, os funcionários devem permanecer no interior da China, apelou o secretário para a Economia e Finanças.

"Macau tem um grande número de trabalhadores não residentes que trabalham em Macau e vivem na China", disse Lei Wai Nong.

De forma a evitar estas deslocações, reforçou, os patrões devem proporcionar alojamento adequado aos funcionários.

Na mesma ocasião, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U retirou que "a população deve manter-se em casa e evitar saídas desnecessárias".

Um apelo que é reforçado aos alunos e professores que devem ficar em casa até ao recomeço das aulas, que permanecem suspensas até ordem em contrário.

O oitavo caso hoje anunciado é referente a mulher de 64 anos, desempregada, que foi colocada em isolamento numa enfermaria, informou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus em comunicado.

A atual condição clínica é estável e no inquérito efetuado negou ter ido à área de Hubei (epicentro do surto) ou ter tido contacto com doentes confirmados da nova pneumonia.

Nesta conferência de imprensa, as autoridades revelaram que estão a criar um mecanismo para identificar, de forma rápida, o historial de viagem dos pacientes e apelaram à população que, quando se dirige ao hospital, não oculte informação ao pessoal médico.

As autoridades acrescentaram ainda que, para evitar informações falsas dadas pelos pacientes, vão alargar a despistagem e os testes ao novo coronavírus.

A doente, a oitava infetada, esteve internada no Hospital Integrado de Medicina Tradicional Chinesa e Ocidental de Zhuhai, cidade vizinha de Macau, entre os dias 10 a 17 de janeiro, mas não revelou este facto aos Serviços de Saúde de Macau, apontaram as autoridades.

A mulher de 64 anos foi três vezes ao hospital durante a última semana e não foi rastreada ao novo coranavírus em nenhuma dessas vezes. Das duas últimas deslocações a mulher já apresentava sintomas de febre.

As autoridades afirmaram que no sábado recorreu novamente ao Hospital Kiang Wu para tratamento médico, queixando-se de uma dor abdominal no lado direito, sendo que, "após a admissão hospitalar, foi realizado exame de tomografia computadorizada, tendo sido considerado sintomas de inflamação pulmonar".

Na tarde desse dia foi testada, confirmando tratar-se do oitavo caso em Macau.

Este é o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, já que todos os outros contaminados pelo vírus são da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto.

A China elevou hoje para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus, a primeira vítima fatal fora da China.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.

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