União Africana repudia plano de Donald Trump para o Médio Oriente
O presidente da Comissão da União Africana (UA) repudiou hoje o plano de paz para o Médio Oriente do Presidente norte-americano, Donald Trump, considerando que "ignorar os legítimos direitos do povo palestiniano" representa "uma grave violação dos direitos fundamentais".
© Reuters
Mundo Donald Trump
"O recente plano americano-israelita, chamado de 'acordo do século', foi elaborado sem nenhuma consulta com os representantes legítimos do povo palestiniano", considerou Moussa Faki Mahamat, num comunicado divulgado hoje.
A UA transmitiu a sua "grande preocupação" em relação a este novo plano, apresentado na semana passada em Washington e que é considerado favorável aos interesses de Israel.
Faki Mahamat reiterou a "solidariedade da UA com o povo palestiniano na sua legítima busca de um Estado independente e soberano, com Jerusalém Leste como capital".
O responsável da União Africana apelou para novos esforços internacionais "sinceros" para encontrar uma solução justa e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina.
O mapa desenhado pelos Estados Unidos da América (EUA) prevê a anexação, por parte de Israel, do vale do Jordão, que constitui cerca de 30% do território da Cisjordânia, além de estabelecer Jerusalém como capital israelita, ao arrepio das resoluções da Organização das Nações Unidas.
De acordo com este plano, a futura capital israelita situar-se-ia nos subúrbios de Jerusalém "a leste e a norte" do muro israelita.
Todos os países africanos, à exceção dos Camarões e Eritreia, reconhecem a Palestina como um Estado.
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