Meteorologia

  • 05 NOVEMBER 2024
Tempo
20º
MIN 17º MÁX 22º

Jornalista agredida na Chechénia após divulgar tortura de homossexuais

Yelena Milashina estava acompanhada da advogada Marina Dubrovina quando foram abordadas por um grupo de homens e mulheres.

Jornalista agredida na Chechénia após divulgar tortura de homossexuais
Notícias ao Minuto

12:50 - 07/02/20 por Silvia Abreu

Mundo Chechénia

Uma jornalista russa e uma advogada alegam ter sido agredidas num hotel, na Grósnia, capital da Chechénia. A agressão acontece depois de a jornalista Yelena Milashina ter exposto o rapto e tortura de homens homossexuais. 

As mulheres revelam ter sido abordadas por um grupo de homens e mulheres no átrio do hotel. As autoridades estão a investigar o incidente, avança a BBC, que cita o concelho dos direitos humanos.

No depoimento que prestou à polícia e que, segundo a mesma publicação, divulgou no Facebook, a jornalista revelou que não tem dúvidas de que o ataque é uma resposta à sua atividade profissional, uma vez que já tinha sido ameaçada pelas autoridades chechenas e pelo presidente da ChechéniaRamzan Kadyrov.

“Claro que é um ataque organizado, é um ataque aos defensores dos direitos humanos, jornalistas e advogados a trabalhar na Chechénia”, disse à estação de rádio Ekho Moskvy.

Após a agressão, as vítimas foram transportadas ao hospital e reportaram o incidente às autoridades. O ataque aconteceu pouco depois da meia-noite, esta quinta-feira, e foi filmado pelos atacantes.

Ativistas pelos direitos humanos defendem vítimas

O incidente já mereceu uma reação de ativistas pelos direitos humanos e a intervenção da organização OSCE – Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

O presidente Kadyrov, que governa a Chechénia há 13 anos, é um forte aliado do presidente Vladimir Putin, e foi acusado por graves abusos de direitos humanos, incluindo rapto e tortura de oponentes e homossexuais.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório