As mais de 13.000 assembleias de voto autorizadas abriram às 8h00 locais (02:30 TMG, a mesma hora em Lisboa), registando longas filas desde o início, embora com uma menor participação em relação às eleições de 2015, de acordo com os primeiros dados oficiais.

As urnas encerram às 18:00 locais (12:30 em Lisboa), mas os resultados só serão conhecidos na próxima terça-feira.

O atual chefe do governo da capital indiana, Arvind Kejriwal, um antigo ativista anticorrupção, que fundou o AAP (Aam Aadmi Party, ou o Partido do Homem Comum) em 2012 para "mudar o sistema a partir de dentro", foi um dos primeiros a votar.

"Um apelo especial a todas as mulheres, pois tendes a responsabilidade do lar, a responsabilidade da nação, e Deli está convosco. Deveis ir votar e levar todos os homens da vossa família convosco", apelou Kejriwal no Twitter, antes da abertura das mesas de voto.

O líder do AAP pretende revalidar o sucesso retumbante das eleições de 2015, quando conquistou 67 dos 70 lugares, contra os três do seu adversário, o partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP, Partido do Povo Indiano), do primeiro-ministro Narendra Modi.

Os subsídios à água, à eletricidade e aos hospitais, além da luta contra a corrupção, são os principais trunfos deste pequeno partido contra o BJP, que acusou o AAP de ter provocado, na capital, os protestos contra políticas do governo central.

Entre estas políticas está a lei da cidadania, aprovada em dezembro e em vigor desde 10 de janeiro, que atribui a cidadania indiana aos imigrantes ilegais do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh que chegaram à Índia antes de 2015 e professam as religiões hindu, cristãs, budista, sikh, parse e o jainismo, excluindo os muçulmanos.

O diploma provocou manifestações em todo o país, que causaram cerca de 20 mortos e centenas de detidos.

Para assegurar o desenrolar pacífico das eleições, cerca de 90.000 elementos das forças de segurança foram destacados para a capital indiana.

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