Covid-19: 254 mortos em 24 horas. Número é mais do dobro face a ontem

A China reportou hoje 254 novas mortes e 15.152 novos infetados em 24 horas pelo novo coronavírus, designado Covid-19, num aumento recorde que resulta de uma alteração na metodologia da contagem. Só a província chinesa de Hubei, centro da epidemia do novo coronavírus, registou 242 mortos nas últimas 24 horas - tendo o número mais do que duplicado relativamente ao dia anterior.

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Lusa
13/02/2020 06:20 ‧ 13/02/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

O número total de mortes pelo surto, inicialmente detetado em dezembro passado, fixou-se hoje em 1.367, enquanto o número de casos confirmados ascendeu a 59.804, em todo o território chinês.

A província de Hubei, de onde o vírus é originário, registou, nas últimas 24 horas, 242 mortos, mais do dobro em relação ao dia anterior - elevando o total para de 1.310.

O número de mortos registado nas últimas 24 horas em Hubei ultrapassa assim o anterior recorde de mortes ocorrido em 10 de fevereiro (103 mortes).

Também o número de infetados ultrapassou em quase dez vezes os casos reportados na quarta-feira. Foram registados mais 14.840 novos casos da infeção na província, fixando o total em mais de 48 mil.

O novo método de contagem, saliente-se, inclui "casos clinicamente diagnosticados", mas que não foram ainda sujeitos a exame laboratorial e, portanto, ausentes até agora das estatísticas.

Os atrasos no diagnóstico do vírus podem ser significativos, já que muitos pacientes aguardam até uma semana pelos resultados dos exames em laboratório, que são enviados para Pequim.

Permitir que os médicos diagnostiquem diretamente os pacientes permitirá que mais pessoas recebam tratamento, inclusive em vários hospitais construídos de raiz em Wuhan especificamente para o tratamento de infetados com o Covid-19.

A Comissão Provincial de Saúde de Hubei indicara já que o aumento do número de casos se devia a uma nova definição mais ampla de infeção.

Uma radiografia ao tórax dos casos suspeitos pode ser considerada suficiente para diagnosticar o vírus, em vez de testes padrão de ácido nucleico, disseram as autoridades, citadas pela agência de notícias France-Presse.

Esta nova metodologia torna possível fornecer um tratamento aos pacientes "o mais rapidamente possível" e "ser consistente" com a classificação usada nas outras províncias chinesas, explicou.

"A nossa compreensão da pneumonia causada pelo novo coronavírus está a aprofundar-se e estamos acumular experiência em diagnóstico e tratamento", sublinhou.

 

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