Grupo armado provoca seis mortes em mercado no Burkina Faso
Homens armados não identificados atacaram um mercado, numa aldeia no Burkina Faso, numa zona de atuação de grupos jihadistas, provocando pelo menos seis mortos, informaram hoje as forças de segurança.
© Reuters
Mundo Burkina Faso
O ataque ocorreu na terça-feira, no mercado de Nioumbila, onde, além da perda de vidas humanas, foram destruídas lojas, explicaram as forças de segurança através do portal de informação local Infowakat, citado pela agência noticiosa Efe.
A região centro-norte do país é uma das áreas mais afetadas pelos ataques de grupos jihadistas e das zonas que mais acolhe pessoas que fogem à violência interna do país.
Esta área recebe cerca de metade das 765.000 pessoas que fogem dos ataques, avançou o Conselho Nacional de Emergência e Reabilitação do país, num relatório de 12 de fevereiro.
O Burkina Faso sofre às mãos de grupos 'jihadistas' desde abril de 2015, quando membros de um grupo filiado na Al-Qaida raptaram um segurança romeno numa mina do norte do país, em Tambao.
Os ataques têm sido frequentes e o número de vítimas tem sido crescente, nomeadamente a partir de 2019, quando aumentaram 10 vezes os deslocados, devido à violência que se regista no país, segundo os dados do Conselho Norueguês de Refugiados.
Os atacantes, que pertencem ao grupo local do Burkinabe Ansarul Islam, estão associados a diversos grupos terroristas, nomeadamente da coligação 'jihadista' do Grupo de Apoio Islâmico do Sahel, do Grupo de Apoio Muçulmano e do Estado Islâmico no Grande Sahara, que atacam também países que fazem fronteira com o Burkina Faso (Mali e Níger).
A região mais afetada pelos ataques é o Sahel, no norte do Burkina Faso, que tem fronteira com o Mali e o Níger.
O Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, grupo institucional para a coordenação da cooperação regional em políticas de desenvolvimento e questões de segurança na África Central, fundado em 16 de fevereiro de 2014, em Nouakchott, na Mauritânia, juntamente com o Mali, Mauritânia, Níger e Chade.
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