O ataque ocorreu na terça-feira, no mercado de Nioumbila, onde, além da perda de vidas humanas, foram destruídas lojas, explicaram as forças de segurança através do portal de informação local Infowakat, citado pela agência noticiosa Efe.
A região centro-norte do país é uma das áreas mais afetadas pelos ataques de grupos jihadistas e das zonas que mais acolhe pessoas que fogem à violência interna do país.
Esta área recebe cerca de metade das 765.000 pessoas que fogem dos ataques, avançou o Conselho Nacional de Emergência e Reabilitação do país, num relatório de 12 de fevereiro.
O Burkina Faso sofre às mãos de grupos 'jihadistas' desde abril de 2015, quando membros de um grupo filiado na Al-Qaida raptaram um segurança romeno numa mina do norte do país, em Tambao.
Os ataques têm sido frequentes e o número de vítimas tem sido crescente, nomeadamente a partir de 2019, quando aumentaram 10 vezes os deslocados, devido à violência que se regista no país, segundo os dados do Conselho Norueguês de Refugiados.
Os atacantes, que pertencem ao grupo local do Burkinabe Ansarul Islam, estão associados a diversos grupos terroristas, nomeadamente da coligação 'jihadista' do Grupo de Apoio Islâmico do Sahel, do Grupo de Apoio Muçulmano e do Estado Islâmico no Grande Sahara, que atacam também países que fazem fronteira com o Burkina Faso (Mali e Níger).
A região mais afetada pelos ataques é o Sahel, no norte do Burkina Faso, que tem fronteira com o Mali e o Níger.
O Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, grupo institucional para a coordenação da cooperação regional em políticas de desenvolvimento e questões de segurança na África Central, fundado em 16 de fevereiro de 2014, em Nouakchott, na Mauritânia, juntamente com o Mali, Mauritânia, Níger e Chade.