"A Organização Mundial de Saúde enviou cerca de meio milhão de equipamentos de proteção individual para 27 países, mas os 'stocks' esgotam-se rapidamente", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, na Suíça.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.
A OMS estima que, por mês, sejam necessários no mundo mais de 89 milhões de máscaras cirúrgicas, 76 milhões de luvas e 1,6 milhões de óculos de proteção. A sua falta pode colocar em risco de contágio médicos e enfermeiros que cuidam de doentes infetados pelo novo coronavírus.
O diretor-geral da OMS assinalou que, apesar de numerosas pessoas terem desenvolvido ao longo de vários anos imunidade contra a gripe sazonal, ninguém "está imune" em relação ao coronavírus que causa a doença Covid-19.
Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinhou que o novo coronavírus - família de vírus que pode causar infeções respiratórias como pneumonia - é mais perigoso do que os vírus da gripe, apresentando uma taxa de mortalidade de 3,4% (para a gripe é menos de 1%).
O surto de Covid-19 provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 91 mil pessoas em cerca de 70 países e territórios. Em Portugal há quatro casos de infeção. Um tripulante português de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo as autoridades de saúde de vários países.
Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Espanha.
A OMS declarou a epidemia de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e o risco de contágio "muito elevado".