OMS: "Os países andam a planear para cenários como este há décadas"

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) fez há instantes uma conferência de imprensa onde alertou para o comportamento dos países no combate à propagação do novo coronavírus.

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Anabela Sousa Dantas
05/03/2020 16:54 ‧ 05/03/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Coronavírus

"A epidemia do Covid-19 é uma ameaça para todos os países, ricos e pobres. Estamos preocupados que alguns países ou não estão a levar isto a sério o suficiente ou decidiram que não há nada que podem fazer", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta quinta-feira, em conferência de imprensa.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) continua, sublinhando que é necessário mais compromisso político: "Estamos preocupados que em alguns países o nível de empenhamento político e as ações que demonstram esse empenhamento não estejam alinhados com o nível da ameaça que enfrentamos".

"Isto não é um simulacro. Isto não é altura para desistir. Isto não é altura para desculpas. Isto é altura de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. Os países andam a planear para cenários como este há décadas. Agora é altura de pôr esses planos em execução", continuou, explicando que estes exigem a "coordenação de todas as partes do governo, não só as de Saúde - segurança, diplomacia, finanças, negócios, transporte, comércio, informação, etc".

OMS faz, então, as seguintes diretivas aos países: "Ativem os vossos planos de emergência; eduquem os vossos cidadãos, para que saibam quais são os sintomas do Covid-19 e como proteger-se a si e aos outros; aumentem a capacidade para fazer testes; preparem os hospitais".

"Sabemos que as pessoas estão assustadas, mas o medo pode ser gerido e moderado com informação correta", sublinhou Ghebreyesus, que anunciou o lançamento de uma campanha de consciencialização da OMS nas redes sociais, chamada 'Be Ready for Covid-19'.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo nove em Portugal.

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