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Partidos de nova coligação em Timor-Leste confirmam aliança

Os seis partidos que integram uma nova coligação de maioria parlamentar em Timor-Leste confirmaram este fim de semana em reuniões partidárias a sua integração na aliança que poderá sustentar um novo governo no país.

Partidos de nova coligação em Timor-Leste confirmam aliança
Notícias ao Minuto

11:27 - 08/03/20 por Lusa

Mundo Timor-Leste

As seis forças políticas - CNRT, PD, KHUNTO, FM, UDT e PUDD - levaram a cabo conferências nacionais para confirmar a sua participação na aliança, cumprindo assim um dos critérios exigidos pelo Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, na sexta-feira.

O Partido Libertação Popular (PLP) - cinco deputados - foi o primeiro a confirmar a sua participação na nova aliança, já em fevereiro tendo o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão - que deverá ser indigitado primeiro-ministro - confirmado o mesmo no sábado.

O Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) confirmou a participação no congresso nacional que decorreu este fim de semana.

Os três partidos mais pequenos da aliança, cada um com um deputado -- Frente Mudança (FM), Partido de Unidade Desenvolvimento Democrático (PUDD) e União Democrática Timor (UDT) -- também celebram encontros para confirmar o mesmo.

Vários dos encontros confirmaram igualmente que Xanana Gusmão deverá ser indigitado primeiro-ministro, algo que só ocorrerá depois do chefe de Estado aceitar que a nova coligação preenche os requisitos políticos e jurídicos necessários.

As reuniões partidárias realizaram-se depois de, na sexta-feira, o presidente do CNRT, Xanana Gusmão, acompanhado dos presidentes das restantes cinco forças políticas da coligação, terem apresentado a nova aliança ao Presidente da República.

Nesse curto encontro o chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, disse que os partidos da coligação tinham de cumprir vários critérios, nomeadamente tendo em conta o previsto na lei de partidos políticos.

Esse diploma define que a criação de coligações exige que a aliança "seja aprovada pelos Congressos ou Conferências Nacionais dos partidos políticos que as formarão, com indicação concreta do âmbito e finalidade dessas coligações, frentes ou movimentos".

António da Conceição, secretário-geral do PD -- que falou em nome da coligação depois do encontro -- disse hoje à Lusa que a coligação vai agora reunir-se e preparar nova carta para o Presidente da República a dar conta das decisões das conferências partidárias.

Depois disso, possivelmente ainda na próxima semana, haverá nova reunião com o chefe de Estado seguindo-se, caso a coligação seja reconhecida, a indigitação do primeiro-ministro e, posteriormente, a formação do IX Governo constitucional.

Timor-Leste vive uma crise política há vários anos, agravada com o chumbo do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2020, em janeiro, levando à rotura da coligação maioritária que apoia o executivo.

O primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, está demissionário desde 24 de fevereiro e o chefe de Estado ainda não anunciou se aceita ou não o pedido de demissão.

A ministra interina das Finanças disse na sexta-feira à Lusa que o Governo timorense pode enfrentar uma situação de rotura de caixa em maio, tendo atualmente dinheiro para financiar as contas públicas apenas em março e abril.

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