Covid-19: Perigo de novo contágio em Macau são os casos importados

O governo de Macau disse hoje que o perigo centra-se agora na possibilidade de casos importados de Covid-19, principalmente provenientes de Hong Kong, Malásia, Singapura e de países europeus, num território que não regista casos há 37 dias.

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Lusa
12/03/2020 10:10 ‧ 12/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Não descartamos a possibilidade de haver casos importados" em Macau, disse Diretor de Saúde de Macau, Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, um dia depois de a OMS ter declarado a doença Covid-19 como pandemia.

O responsável afirmou que Singapura, Malásia e Hong Kong têm tido nos últimos dias um crescimento rápido dos casos de Covid-19 e que a antiga colónia britânica e a China continental têm registado uma subida do número de casos importados, "sobretudo as pessoas que estão a voltar de países europeus".

"Há um abrandamento, no geral no interior da China. Mas não podemos baixar a guarda", reiterou, referindo que Macau continua "a enfrentar uma ameaça grave", apesar de já não registar casos há mais de um mês.

Por esta razão, Lei Chin Ion apelou à população para não viajar e não sair do território, apenas quando necessário.

Os residentes devem "reduzir entradas e saídas" do território, "evitar convívios e lavar frequentemente as mãos", afirmou.

O governo de Macau voltou hoje a reafirmar que está a ponderar colocar mais países europeus na lista de alta incidência epidémica de Covid-19 e assim impor uma quarentena de 14 dias a quem tenha estado nesses países. Entre essas possibilidades está o caso a Dinamarca, afirmaram as autoridades.

Na terça-feira entrou em vigor a imposição de uma quarentena de 14 dias para quem tenha estado na Alemanha, Espanha, França ou Japão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.

Esta medida vigora também, há algumas semanas, para as pessoas provenientes da Coreia do Sul, de Itália e do Irão.

A partir de hoje quem tenha estado na Noruega nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a exame médico.

Dos 2.140 casos suspeitos em Macau, 2.118 foram excluídos pelas autoridades, com 12 à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento.

Nas últimas 24 horas, foram efetuados 138 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 37.º dia sem novos casos no território.

Atualmente, 306 pessoas estão sob quarentena na Pousada Marina Infante, sendo que 279 são trabalhadores não residentes e 27 residentes.

No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão 65 pessoas de quarentena, incluindo 57 residentes de Macau retirados, no sábado, da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus.

Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar.

As autoridades acrescentaram ainda que 82 pessoas que estiveram em áreas epidémicas como o Japão, China, Espanha, Coreia do Sul e Alemanha encontram-se em observação médica. Destes, 56 estão em isolamento nas suas residências e 26 encontram-se num hotel.

As autoridades recordaram ainda que na sexta-feira começa a sexta ronda de distribuição de máscaras, na qual cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16h00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o governo a decretar a quarentena em todo o país.

 

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