Covid-19: Irão ordena Forças Armadas a esvaziar ruas e lojas

O Irão ordenou as Forças Armadas a "esvaziar as ruas" nas próximas 24 horas, para conter a propagação do novo coronavírus, num dos países mais afetados pela pandemia, anunciou o chefe de Estado-Maior.

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Lusa
13/03/2020 14:45 ‧ 13/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Uma comissão 'ad-hoc' foi encarregue de supervisionar a operação para "esvaziar lojas, ruas e estradas", cumprindo uma decisão governamental, disse o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Mohamed Hossein Baqeri, num comunicado difundido pelas televisões.

As medidas devem ser aplicadas nas próximas 24 horas.

Com 514 mortos e mais de 11.300 pessoas infetadas, o Irão é um dos países mais afetados pela pandemia, depois da China e da Itália.

"Nos próximos dez dias, todo o Irão será monitorizado, através do ciberespaço, ou por telefone e, se necessário, pessoalmente", disse Baqeri, acrescentando que as pessoas suspeitas de estarem doentes serão identificadas.

As medidas preventivas, as mais severas no Irão, como parte da campanha contra a propagação da doença, entraram em vigor no momento em que o Guia Supremo, 'ayatollh' Ali Khamenei, ordenou que as forças armadas se envolvessem na luta contra o novo coronavírus.

No seu mais recente relatório, a República Islâmica do Irão registou hoje 85 mortes adicionais, o maior aumento diário desde o anúncio oficial das primeiras mortes, em 19 de fevereiro.

Vários deputados, funcionários do governo ou ex-funcionários foram afetados pela doença e alguns morreram.

Ali Akbar Velayati, conselheiro-chefe do Guia Supremo Iraniano, foi colocado em quarentena, depois de ter manifestado sintomas leves do novo coronavírus, disseram as autoridades.

O Irão pediu, na quinta-feira, ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a título excecional, para fazer frente à propagação do vírus.

"O nosso banco central pediu acesso imediato" ao Mecanismo de Financiamento Rápido (FIR, na sigla inglesa) do FMI, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, na sua conta da rede social Twitter.

O governador do banco central iraniano, Abdolnasser Hemmati, disse que o Irão pediu ao FMI cerca de cinco milhões de euros, em ajuda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu na quarta-feira que o Irão estava a "fazer o possível" para conter a epidemia de Covid-19, mas que o país estava com falta de equipamentos.

 

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