Bombeiros pedem que banhistas saiam das praias no Rio de Janeiro

O corpo de bombeiros do Rio de Janeiro percorreu hoje as praias da região, com altifalantes, pedindo aos banhistas que regressem às suas casas, de forma a evitar multidões, e a eventual disseminação do novo coronavírus.

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Lusa
16/03/2020 18:27 ‧ 16/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"A Defesa Civil Estadual pede que a população evite aglomerações nas praias. Por favor, para sua segurança e de seus vizinhos, amigos e familiares, volte para casa", indicou o aviso sonoro nas principais praias do estado do Rio de Janeiro, um dos principais destinos turísticos do Brasil.

"O momento é de consciencialização. Faça a sua parte e ajude a prevenir e controlar o coronavírus", adiantou o aviso.

Dizendo que as pessoas podem sempre contar com o corpo de bombeiros, a mensagem terminou com a pergunta: "Podemos contar com você?".

De acordo com a imprensa brasileira, 150 veículos de bombeiros foram mobilizados para sensibilizar a população que se tem aglomerado nas praias face ao calor que se tem sentido na região.

Até ao momento não foram adotadas medidas coercivas para retirar os banhistas das praias, apesar de o governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ter dito na sexta-feira que poderia usar a polícia para evitar as multidões nos areais.

No domingo, depois de verificar que as praias estiveram lotadas durante o fim de semana, apesar das recomendações das autoridades, Witzel descartou o uso da força.

"Em nenhum caso queremos que alguém seja puxado pelo braço para que seja levado para casa. Não acho que seja necessário", disse o governador.

Segundo o último relatório das autoridades de saúde, o Estado do Rio de Janeiro contabilizou, até ao momento, 24 casos confirmados de Covid-19.

Face ao aumento do número, o Rio de Janeiro, o segundo estado com maior número de infetados, atrás de São Paulo, anunciou na sexta-feira uma série de medidas para evitar a propagação do novo coronavírus.

Os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro anunciaram que eventos com aglomeração de pessoas estão proibidos desde hoje, assim como a suspensão das aulas das escolas da rede pública.

Visitas a estabelecimentos prisionais e a pacientes diagnosticados com o novo coronavírus e internados na rede pública e privada de saúde foram suspensas.

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o país tem, segundo dados divulgados no domingo, 176 casos confirmados do novo coronavírus, e monitoriza 1.915 casos suspeitos.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no epicentro da pandemia, com mais de 55 mil infetados e pelo menos 2.335 mortos.

 

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