Maduro impõe quarentena mas venezuelanos resistem
Foram vários os cidadãos que saíram à rua no primeiro dia de quarentena obrigatória, imposta pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.
© Reuters
Mundo Quarentena
Um dia depois de o presidente da Venezuela Nicolás Maduro ter decretado quarentena obrigatória em sete estados - de forma a combater a propagação do novo coronavírus - foram vários os cidadãos que saíram de casa, afirmando que não se podem dar ao luxo de não trabalhar, avança a Reuters.
Até à data, há 17 casos de infeção pela Covid-19 naquele país e zero mortes registadas. No entanto, o fraco sistema de saúde da Venezuela fez soar os alarmes sobre a sua possível incapacidade de controlar a pandemia.
São vários os venezuelanos que afirmam temer contrair o novo coronavírus, uma vez que sabem que existem poucos recursos de saúde.
Além disso, o governo de Nicolás Maduro encoraja os cidadãos a comprarem máscaras, apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) referir que as pessoas saudáveis só devem usar máscara quando se relacionam com pessoas infetadas.
Em declarações à Reuters, Jose Luis Nieves, de 32 anos, refere que "não se pode dar ao luxo de não trabalhar". "Caso contrário, os meus filhos morrem à fome. Temos de continuar a trabalhar", explica.
As autoridades estão a controlar a circulação nas ruas principais e encontram-se também à porta dos supermercados, para confirmar que todas as pessoas usam máscaras.
Nicolás Maduro ordenou, este domingo, o encerramento de negócios locais e uma "quarentena social".
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