Costa Rica, Guatemala e o Paraguai reforçam medidas e encerram fronteiras
Costa Rica, Guatemala e o Paraguai reforçaram hoje as medidas de prevenção contra a expansão do coronavírus restringindo a circulação e encerrando as fronteiras.
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Mundo Coronavírus
"<span class="nanospell-typo">Adotámos estas medidas para nos protegermos. É o momento de nos cuidarmos uns a outros. O que pedimos para proteção é que permaneçam em casa, não se exponham, não gerem tumultos e sigam as recomendações, pelas pessoas que amamos", disse o Presidente da Costa Rica numa conferência de imprensa.
Carlos Alvarado decretou hoje o estado de emergência no país, suspendeu as atividades escolares e anunciou que a partir da meia noite de 18 de março apenas poderão entrar em território costa-riquense os cidadãos naturais e residentes na Costa Rica, que deverão submeter-se a 14 dias de isolamento.
Por outro lado, a Guatemala anunciou o encerramento, por 15 dias, das suas fronteiras, para evitar a propagação local do coronavírus que já ocasionou uma morte e há seis casos confirmados de pacientes infetados em território guatemalteco.
Durante uma alocução ao país o Presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, anunciou que a partir de terça-feira o país ficará "incomunicável por via aérea com qualquer destino do mundo".
Nesse sentido explicou que será permitida a entrada de guatemaltecos e de diplomatas, apenas por via terrestre, estando as fronteiras com o México, Belize, Honduras e El Salvador em quarentena forçada.
As autoridades guatemaltecas confirmaram, domingo, a morte de um homem de 85 anos que regressou de Espanha a 6 de março e confirmaram outros seis casos de infeção.
Foi ativado um plano de emergência e reativação económica devido às consequências da pandemia do coronavírus, principalmente no setor turístico.
No Paraguai, o ministro do Interior, Euclides Acevedo anunciou que está restringida a circulação a pessoas e viaturas durante várias horas por dia.
"Não é um estado de sítio. O direito à circulação será restringido com o propósito de ser drástico sobre a quarentena, que não é outra coisa que isolamento", disse durante uma conferência de imprensa e fazendo alusão a que está proibida a circulação de pessoas e viaturas entre as 20:00 e as 04:00 horas locais (01:00 e 09:00 horas em Lisboa).
As autoridades paraguaias têm registado casos de incumprimento das medidas de prevenção ordenadas pelo Executivo.
Dois polícias que tinham instruções para evitar aglomerações foram agredidos fisicamente.
Estão previstas penas de prisão de 12 a 18 meses e multas de 1.200 a 6.000 dólares (de 1.081 a 1.441 euros) como castigo para os cidadãos que desobedeçam a estas medidas.
O Paraguai interditou hoje, por 15 dias, a circulação de pessoas pelas fronteiras terrestres com a Argentina e o Brasil, excetuando os paraguaios, estrangeiros residentes no país, diplomatas e funcionários de organismos internacionais, que passam, no entanto, a submeter-se a quarenta obrigatória.
As restrições abrangem ainda os aeroportos do Paraguai, até 30 de março.
No Paraguai estão confirmados oito casos de pacientes afetados com coronavírus.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
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