No total são 2.629 os médicos, enfermeiros e demais pessoal de saúde que foi contagiado com o novo coronavírus até terça-feira. Em toda a Itália foram contabilizadas até agora 31.506 pessoas infetadas, das quais 2.503 morreram e 2.941 recuperaram.
O presidente da fundação médica Gimbe, Nino Cartabellotta, afirmou que "o número de profissionais de saúde infetados é enorme, a percentagem duplica a registada na China".
Os dados são revelados numa altura em que os médicos denunciam a falta de material apropriado para trabalhar de forma segura, como máscaras, batas ou luvas, apesar de iniciativas como a da China que enviou para Itália 30 toneladas de material.
O presidente da Federação Nacional das Ordens dos Médicos, Filippo Anelli, disse ser "necessário alargar os testes a todos os médicos assintomáticos que tratam doentes da Covid-19 para impedir a difusão do contágio".
Anelli advertiu numa entrevista à agência ANSA que "os médicos assintomáticos, mas positivos sem o saberem, representam um enorme risco nos hospitais".
O alarme também foi dado pelo Sindicato Nacional Autónomo dos Médicos Italianos em Milão, que se queixou de que o pessoal de saúde estava "abandonado, sem proteção", pedindo ao governo que confiscasse o material nas fábricas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.