Espanha descarta para já aumento das medidas de isolamento

O ministro da Saúde espanhol descartou hoje intensificar as medidas de proteção contra a covid-19 já adotadas, que considerou das mais duras da Europa e do mundo, e assegurou que, "se forem cumpridas, ajudarão a derrotar o vírus".

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Lusa
20/03/2020 15:14 ‧ 20/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Em conferência de imprensa conjunta em Madrid com o ministro da Ciência Pedro Duque, e ao ser questionado sobre a possibilidade de ser decretado um "confinamento total" da população nas regiões mais afetadas pela pandemia da covid-19, casos de Madrid e a Catalunha, ministro da Saúde de Espanha, Salvador Illa, rejeitou de momento essa hipótese.

"Cumprindo estas medidas pensamos que estamos em condições de vencer o vírus", insistiu, apesar de assinalar que "naturalmente estudaremos todas as medidas e sugestões que nos cheguem e, se em algum momento pensarmos serem necessárias, iremos adotá-las".

Illa recordou que as medidas do estado de emergência estão em vigor durante 14 dias, sublinhou que no sábado cumprem parte do período, mas advertiu que "a segunda parte é difícil e é dura".

"Vão ser dias complicados", enfatizou, "porque veremos um aumento de casos" até que seja alcançado o pico da pandemia e "consigamos dobrar a curva".

O ministro também se referiu ao decreto ministerial sobre as medidas que se devem adotar nos lares de idosos, que considerou um "foco de atenção prioritária, porque as pessoas mais velhas que estão nesses locais são um coletivo frágil".

Após recordar que a ordem decreta "o encerramento dos que seja possível encerrar", e o isolamento das pessoas contagiadas, Salvador Illa apelou ao pessoal que trabalha nos lares de idosos que "sigam à letra todas as indicações" e que reforcem todas as medidas de precaução e reduzam ao máximo os seus contactos sociais.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.

A Espanha regista 1.002 mortes (19.980 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).

A China, por sua vez, informou não ter registado novas infeções locais pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar, com 39 infeções oriundas do exterior.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

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