"À luz de circunstâncias excecionais relativas à pandemia da covid-19 e no interesse da saúde e da segurança das forças dos dois países, é prudente anular as manobras Balikatan 2020", anunciou, em comunicado, o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, almirante Phil Davidson.
Previstas para decorrer nas Filipinas entre 04 e 15 de maio, as manobras Balikatan (ombro contra ombro) previam a participação de dez mil militares dos dois países, e de um pequeno contingente da Austrália.
"É um período extraordinário e é evidente que iríamos colocar pessoas em perigo ao manter Balikatan", disse aos jornalistas o almirante e diretor das manobras, Adelius Bordado, explicando que a anulação foi decidida pelos dois aliados.
Antiga colónia norte-americana (1898-1946), as Filipinas mantêm relações culturais e económicas muito fortes com os Estados Unidos. Os dois países estão ligados por um tratado de defensa mútua e as forças norte-americanas assistem, há vários anos, os filipinos em diversas tarefas ligadas à segurança do arquipélago.
De acordo com os últimos dados, as Filipinas registaram 45 mortos e 707 casos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes reportadas (29.406 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.
Os Estados Unidos tornaram-se quinta-feira o país com mais casos de infeções no mundo, ultrapassando Itália e a China, com mais de 85 mil casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.